segunda-feira, 15 de junho de 2015

"Será que os gerentes não vêem os absurdos que essa pessoa comete?"

Quem já não se questionou a esse respeito? 

Quem já não viu atitudes até absurdas de algumas pessoas, parecendo que os superiores faziam "vistas grossas" a isso?

Aí nos questionamos. E, de fato, parece que essas pessoas são "protegidas", ou que talvez os superiores tenham o famoso "rabo preso" com elas, porque algumas coisas realmente parecem absurdas aos nossos olhos. Lógico que às vezes realmente as injustiças acontecem, e que parece que as pessoas demoram para enxergar certas coisas (porque os "causadores" muitas vezes se fazem de "santos" e são manipuladores, e conseguem, sim, prejudicar muita gente).

Agora, vendo por outro lado... Pensando no lado da empresa, quanto maior for, ou quanto mais ela estiver crescendo... Fica cada vez mais difícil reunir pessoas com os mesmos valores, que sejam calmas, de bom relacionamento. Pense numa empresa que precise de 1.000, 2.000, 3.000 funcionários para suas atividades. Você acha que será possível que todas essas sejam honestas, de bom relacionamento, justas...? E a gerência e diretoria acabam aceitando e precisando dessas pessoas, porque o que mais importa para ela é o desempenho profissional e o resultado que elas dão.

Para termos uma ideia de a que ponto pode chegar essa situação... Conheci um micro empresário que possui uma empresa que trabalha com aparelhos de ar condicionado. Vende e presta serviços. Ele possui um técnico muito bom e qualificado, porém, descobriu que esse funcionário faz serviços "por fora" da empresa ao invés de ajudar a empresa que é o ganha pão dele... E usando as ferramentas dela, às vezes até no horário comercial! Mesmo que esse técnico se sinta injustiçado, que ganhe pouco, nada justifica desonestidade. E esse empresário está numa cidade pequena, onde encontrar mão de obra qualificada é  muito mais difícil (e até os empresários de grandes cidades reclamam da falta de funcionários qualificados). Bem ou mal, esse técnico dá resultados e lucro para a empresa. E enquanto ele não consegue encontrar alguém para substituí-lo, é preciso continuar com ele. Se é difícil para você aceitar o que um colega faz, imagine para esse empresário ter que "engolir" esse funcionário por absoluta falta de opção!

E, quando precisamos chegar aos superiores para notificar algo que essas pessoas fazem, é preciso tomar muito cuidado com isso. Falar com provas, apresentando fatos, e somente se ela realmente está atrapalhando o trabalho. Se for apenas questão de "picuinha" que não atinja suas atividades, pense se realmente vale a pena "passar para a frente", você ainda pode passar por fofoqueiro(a).

E vamos supor que você reuniu fatos e falou com o seu superior, e depois disso, nada foi feito, e ele pareceu até imparcial. Dá uma raiva, não dá? Agora, coloque-se no lugar dele. Na posição de superior, ele não pode "tomar partido", nem mostrar a você que concorda com sua opinião negativa a respeito da tal pessoa. Se ele sair mostrando a cada funcionário que ele concorda ou discorda com uma opinião, imagine essas pessoas saírem falando pela empresa que o superior concorda com a atitude negativa (muitos que vão reclamar não saberão ficar "de boca fechada" e podem vir a prejudicar o superior com isso). 

Pode ter certeza de que se você for um bom funcionário, ético, de confiança, e ele for um bom líder, ele levará sua reclamação em consideração e irá procurar mais fatos e prestar mais atenção nas atitudes da pessoa, mesmo que não demonstre isso a você, para depois poder agir. Pense também que as empresas possuem monitoração dos funcionários, de telefone fixo e móvel quando corporativo, de emails... Então, pode ser que as empresas saibam, sim, particularidades negativas de seus funcionários (e pode ser que seu gerente tenha a mesma opinião que você sobre seu(a) colega), mas tenha a consciência de que, quanto maior for a empresa, mais imparciais os bons líderes devem parecer a todos. Raramente eles vão se sentir confortáveis em concordar com o "reclamante", a não ser que ele realmente tenha muita confiança nele e tenha até uma certa intimidade com ele.

Temos que aprender a aceitar essas diferenças dentro da empresa em que trabalhamos, com essa consciência de que é impossível que uma empresa tenha todos os funcionários super honestos, éticos e de bom relacionamento com os colegas. Isso demonstra maturidade profissional, a ponto de você conseguir usufruir de uma certa paz ao invés de ficar revoltado com as pessoas... E eu acredito que, a partir do momento em que fazemos o melhor que podemos, que damos o melhor de nós, mais cedo ou mais tarde as oportunidades aparecem, e a verdade sobre nós (e sobre os outros) também. Temos que aprender a olhar para o nosso trabalho, e não para o dos outros. Basta apenas nos defendermos de possíveis injustiças.

Temos que ter consciência também de que uma empresa investe tempo e dinheiro para trocar, demitir ou contratar funcionários. E isso não é tarefa tão simples, e por isso às vezes ainda fica mais viável manter uma pessoa que causa alguns problemas do que ter que trocá-la.

Agora, se realmente os problemas estão acontecendo de maneira absurda... Espere. Mais cedo, ou mais tarde (às vezes muito mais tarde, infelizmente...), o tempo mostra e traz todas as respostas. E lembre-se que de toda situação tira-se ao menos o aprendizado. E não se esqueça: É com os relacionamentos interpessoais, positivos ou negativos, onde mais temos oportunidades de aprendermos a viver e a evoluir como pessoas e profissionais!


sexta-feira, 12 de junho de 2015

"Queria sentir a presença do meu anjo da guarda..."

A maioria das pessoas acredita na existência de um anjo da guarda que as protege. E muitas mesmo acreditando nisso podem ter a sensação de que "o delas deve estar longe porque não consegue percebê-lo".

Há quem diga que, de fato, quando não prestamos atenção em nada direito na vida, quando somos muito materialistas, ou andamos muito "rebeldes", o nosso anjo da guarda se afasta. E que basta chamá-lo que ele se aproxima de novo.

Mas, enfim. Se eles realmente existem e nos acompanham como dizem as várias teorias a respeito... Por que não os sentimos? Por que eles não aparecem para nós? Por que não podemos ouvi-los? 

Eu creio que a explicação para isso seja uma só: Para que não criemos uma dependência deles, e possamos desenvolver nossa autonomia.

Imagine que fosse possível, por exemplo, ouvir diretamente os conselhos deles. Se assim fosse, não faríamos nada sozinhos, não teríamos tanta iniciativa de refletir e pensar no que é preciso, no que é melhor... E aí, como amadureceríamos?

Algumas teorias dizem que eles sempre estão ali, nos inspirando, nos dando idéias... Que muitas boas idéias que temos, que muitas vezes que dizemos 'nossa, eu quase me esqueci disso'... Foi nosso anjo que nos inspirou. E que quando estamos de coração aberto, nós seguimos as idéias que eles nos passam. Imagine que você tenha tido uma boa ideia e que ela tenha sido sugerida pelo seu anjo da guarda, você seguiu e foi bem sucedido(a). Isso vai te fazer se sentir auto confiante e motivado, a ponto de você também ter suas próprias ideias boas, se desenvolver e amadurecer como pessoa. Porque, por mais inspiração que nosso anjo nos passe, o livre arbítrio, a vontade de fazer o bem, a vontade de evoluir por nós e pelo próprio, são nossos. Podemos sim ter ajuda, mas a escolha, a decisão final, é sempre nossa.

Agora, se tivéssemos a boa inspiração e de repente descobríssemos que foi ideia dele... Poderíamos perder a oportunidade de nos sentirmos capazes. Concorda?

E não importa sabermos se a ideia foi inspirada por ele ou se foi nossa mesmo. Se escolhemos seguir a intuição que ele nos passou, não deixa de ser um mérito. Até porque ele pode ter dado a ideias, mas a execução foi nossa!

Portanto, se você acredita que tem um anjo da guarda, converse sim com ele. Chame-o quando tiver dúvida, porque fé é isso: Acreditar naquilo que não é concreto e que tudo caminha para nosso bem e para nossa evolução.

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Obs: Algumas religiões referem-se aos anjos da guarda como "mentores", e há uma linda música em homenagem a eles:

MENTOR

Se penso estar sozinho, percebo meu amigo,
 Ao meu lado, companheiro, carinhoso a me abraçar. 
Mentor, meu amigo e guia que está sempre junto a mim,
Em todos os meus tropeços, inspira meu caminhar. 

Nas provas de minha vida, consola as aflições. 
sustenta minha coragem, me ajudando a evoluir. 
Mentor, meu amigo e guia que está sempre junto a mim. 
Em todos os meus tropeços, inspira meu caminhar. 

Agradeço sua presença, me envolvendo em seu amor. 
Que a semente em mim plantada, possa vir a germinar. 
Mentor, meu amigo e guia que está sempre junto a mim. 
Em todos os meus tropeços, inspira meu caminhar, inspira meu caminhar, inspira meu caminhar...

quarta-feira, 10 de junho de 2015

Sorte de principiante!

Todo mundo já teve a experiência de ter tido, ou ter visto alguém ter, a famosa "sorte de principiante". Aquilo que acontece quando a pessoa está fazendo algo pela primeira vez e dá certinho, com resultado perfeito!

Pode ser um jogo. Pode ser a tentativa de fazer uma receita de cozinha, de uma peça de artesanato, e tantos exemplos mais. Muita gente com tanta experiência em determinada coisa pode não conseguir um resultado tão grandioso quanto o do principiante. Por quê???

Pode ser uma sorte 'por acaso'? Pode, claro. Mas o que podemos analisar também é que, quando estamos fazendo algo pela primeira vez, colocamos nossas melhores energias na "empreitada", independente de qual seja. Prestamos atenção em todos os detalhes, caprichamos na execução, olhamos ao redor, consultamos pessoas mais experientes quando é o caso, pesquisamos antes de fazer, e muito mais. E por isso o resultado é tão satisfatório, pelo simples fato de termos nos preocupado com tudo isso!

Quando já somos experientes em algo, tendemos a "relaxar", a "ligar o piloto automático", a "ficar menos apaixonado por aquilo que já não é mais novidade", etc... E numa dessa, o resultado passa a ser de acordo com a energia empregada.

Portanto, seria de grande valia se fizéssemos qualquer coisa como se fosse a primeira vez. Concorda? ;-)