segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Pare de julgar os erros que seus pais cometeram!

É muito comum ver filhos se "vangloriando" por não cometerem erros que os pais cometeram, e ainda fazem isso com tom de julgamento, ressaltando a "ignorância", a "má escolha", a "falta de visão". 

O que esses filhos não param para pensar é que, além dos pais serem pessoas como eles que podem cometer esses erros... Se eles (filhos) não estão cometendo ou irão cometer o mesmo erro é porque puderam observar a consequência de uma má escolha. Será que, se esses filhos não tivessem tido o mau exemplo, não poderiam fazer o mesmo, justamente por não terem observado?

Independente do erro que os pais cometeram, seja ele na educação dos  filhos, na vida financeira, no tratamento com familiares... É preciso lembrar que muitos erros que os pais cometem começam quando eles querem acertar e têm como maior intenção beneficiar os filhos.

Conheci uma família, por exemplo, cujo pai estava muito bem empregado e resolveu pedir demissão para ter seu próprio negócio, estando convicto de que não teria chance de dar errado. Mas deu (afinal a vida surpreende), e passaram por muitas privações durante anos. E anos depois, os filhos viviam "jogando isso na cara" do pai, que sempre dizia o quanto se arrependia, mas que quando tentou abrir seu negócio era pensando em dar um futuro melhor aos filhos. Imaginem o desgosto do arrependimento e do julgamento dos filhos!

E esses filhos também devem se lembrar que eles podem não cometer os mesmos erros que os pais cometeram... Mas certamente cometem irão cometer outros, afinal, todos erram, mais cedo ou mais tarde. 

Um pouco de humildade e compreensão com quem nos deu a vida pode fazer muuuuito bem. Para nós e para eles!



sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Pensamentos positivos... Mas são realistas?

“Tenha bons pensamentos”

Muito se fala em manter bons pensamentos para atrair coisas positivas.

O que entendemos por isso? Ter pensamentos alegres, que nos motivem, certo? Também, sem dúvida. Porém o bom pensamento não é necessariamente aquele que nos agrada, mas sim, aquele que nos equilibra.

Pense em duas pessoas...

1)     A primeira está eufórica, empolgada com algum acontecimento, ou com algo que quer realizar. Pensa nisso o dia inteiro, e fica imaginando que as coisas irão acontecer “do jeitinho que ela quer”, fazendo o famoso “pensamento positivo”. Mas devido a euforia, essa pessoa acaba até se iludindo, agindo totalmente pela emoção, e não aceitando que a vida traga-lhe outra resposta que não seja o “sim” que ela tanto quer. E fica ansiosa, a ponto de atrapalhar outras atividades do dia a dia. Essa pessoa está tendo pensamentos agradáveis, que retratam o que ela tanto deseja, porém ao mesmo tempo a desequilibram e delatam sua imaturidade! E perde a oportunidade de enxergar outras possibilidades e detalhes que podem colaborar para seu crescimento como pessoa!

2)     A segunda está passando por um período difícil e tem a visão de que algo está errado. E apesar de querer que as coisas fossem diferentes, consegue visualizar o que precisa ser mudado, então seus pensamentos são tristes justamente pela realidade estar desfavorável e por saber o que tem a enfrentar. Mesmo que essa pessoa esteja pessimista pela situação, ela a enfrenta e vai à luta, mesmo com toda a tristeza e medo que carrega consigo.

Aí eu pergunto a você: Quem possui mais chance de sair bem sucedida? A primeira com seus pensamentos alegres, ou a segunda apesar da sua tristeza? Claro que a segunda. Após passar o período difícil, lógico que tudo vai se normalizar e ela poderá cultivar sua alegria novamente.

Desejar coisas boas para nós, sentindo-nos merecedores de sermos felizes, é essencial para que possamos trabalhar em prol delas e seguir na direção de algo bom. Porém é preciso fazê-lo dentro da nossa realidade e estar ciente de que a vida sempre vai trazer o melhor para nós, e o melhor nem sempre é necessariamente aquilo que queremos. Isso é ter fé!

Quantas vezes choramos uma perda e depois entendemos que foi para abrir um caminho ainda melhor para nós...

Bons pensamentos são acima de tudo equilibrados e realistas, não necessariamente alegres.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Mistlay

Mistlay era um ponto de energia do nosso mundo, e foi até a Mãe Natureza:

_Mãe... Preciso confessar que tenho um sonho!

_Ora, Mistlay... Pode dizer. O que é?

_Mãe... Eu, sendo um ponto de energia, faço parte da força que faz a vida fluir. Mas... Isso tem sido pouco para mim. Confesso que vejo muita beleza em tudo aquilo que é matéria, e gostaria de sentir o que é ser matéria também!

Mãe Natureza ficou surpresa. Os pontos de energia nunca pediam para virarem matéria.

_Mistlay... Tem certeza do que está dizendo? Lembre-se que a matéria é perecível, você sendo matéria mais cedo ou mais tarde irá perecer, e é um processo de mudança um tanto conturbado. Você voltará a ser energia de novo... Sabendo disso... Não prefere continuar sendo um ponto de energia, tão essencial quanto a matéria para a vida existir?

_Mãe... Eu sonho com isso, todos os dias, desde que fui criada e comecei a interagir com a matéria. Nunca consegui contar isso para os outros pontos de energia... Porque não conheço ninguém com um sonho desse... Então, é para você que estou contando, será que existe alguma maneira de realizar esse meu sonho?

A Mãe Natureza pensou um pouco, e disse:

_Filha... Se é esta a sua vontade... Sim, eu posso ajudar a realizar... Mas como começou a desejar isso, Mistlay?

_Não sei, Mãe. Eu simplesmente passei a sonhar com isso(***)... E eu quero me materializar! Como posso fazer isso?
(***)Pois é... Podemos ter sonhos que não sabemos de onde vêm, não é, caros leitores?

_Ora, Mistlay... Eu mesma posso fazer essa transformação. Você tem algo em mente?

_Sim... Mãe, eu adoro as plantas, mas gostaria de ser um pouco mais animada do que elas, que ficam inertes o tempo todo... Então, pensei em ser um animal que ficasse em contato com as plantas, que vivesse de plantas, entende? Pode parecer estranho... Mas... Eu gostaria de me materializar como uma lagarta. Observei algumas lagartas, passam o dia inteirinho se alimentando de folhas, sempre ocupadas, jamais sem fazer nada... Então... Eu gostaria de ser uma lagarta!

_Mistlay, temos outras formas de vida disponíveis... Você chegou a pensar em outras?

-Mãe, as outras formas de vida me atraem, mas creio que ser uma lagarta já me satisfaria. E parece-me ser difícil ser outro ser. E eu gosto das lagartas. São bonitas, silenciosas, delicadas, frágeis e incansáveis...

_E por que uma lagarta, se você pode ser tantas coisas?

_Mãe... Para mim, a vida seria perfeita sendo lagarta. Aliás, ser lagarta para mim já me deixaria em contato com a matéria que eu tanto sonho ser, sentir, tocar... Olhar... Perceber toda a natureza que estiver em minha volta... A vida se manifestará em mim desta forma. E vou amar esta minha vida, mãe...

_Ou seja... Seu objetivo principal é interagir com a vida de perto, e acha que ser uma lagarta te satisfaz porque se sente capaz de realizar suas atividades? É isso?

_Sim... Você pode, por favor, atender meu pedido?

Mistlay estava ansiosa para ser atendida. Durante séculos de existência, sonhava com esse dia. E Mãe Natureza concordou:

_Sim, Mistlay. Logo você será uma lagarta.

Mistlay não cabia em si de felicidade. Finalmente, seu sonho de séculos estava prestes a ser realizado.

_Mãe... Muito, muito obrigada... Não sei como agradecer.

_Saberá no dia a dia, Mistlay. Você sabe, ao ser matéria, você não poderá interagir comigo como faz agora. Mas quero que você saiba que estarei com você, mesmo que seus sentidos não me percebam como você consegue agora. Acima de tudo, deverá acreditar que estarei com você, e que algumas vezes poderão acontecer coisas desagradáveis à matéria, e muitas vezes eu serei responsável por isso. Está ciente de tudo isso?

_Sim, Mãe... Eu quero provar tudo isso. Quero interagir com a vida da maneira mais completa possível, e sendo uma lagarta... Conseguirei!

E durante alguns segundos, Mistlay teve sua consciência interrompida. Ao recobrá-la, viu-se na copa de uma árvore. Fazia um dia bonito. Ela era uma lagarta!

_Mããããeee! Muito, mas muito obrigada! Que felicidade estou sentindo! Como é bom poder tocar... Como é bom sentir... Então é assim? Oh... tenho certeza que irei me acostumar rapidinho!

E Mistlay passava dia após dia feliz da vida. Seu sonho estava realizado, ela não tinha do que reclamar. De vez em quando, precisava se abrigar da chuva, sentia alguns desconfortos, percebia algum perigo... Mas tudo valia a pena.

E, certa vez... Mistlay dormiu, e ao acordar, sentiu-se presa. Estava num lugar pequeno, apertado, escuro... Não entendia o que estava acontecendo. Teria sido capturada por algum predador? Seria uma brincadeira da Mãe Natureza? Como saber? Mistlay esperou, esperou e esperou... E nada acontecia. E começou a se entristecer. Lembrou-se que seu instinto a fez construir algo do qual ela não se lembrava.

_Por que será que está acontecendo isso? Mãe Natureza, gostaria de falar com você.

Mas a Mãe Natureza não respondia... Passavam-se os segundos e as horas... E apenas o silêncio respondia.

_Que saudades da minha liberdade... Que saudade de ser lagarta... Como eu era feliz!

E o tempo ia passando. Uma eternidade para Mistlay, que começou a ficar cada dia mais triste e inconformada. Nunca havia se arrependido de ter pedido para virar matéria, mas estava ficando muito difícil.

_Por que sonhei tanto com isso? Como imaginei que passaria pela privação daquilo que eu mais queria, que era interagir com a natureza? Eu estava tão feliz... Mesmo sofrendo alguns desconfortos.

E nada de resposta. Mistlay começou a sentir o sabor da revolta. Passou a questionar a Mãe Natureza.

_Como pôde fazer isso comigo? Você dizia que estaria sempre comigo, que eu não a veria... Esqueceu-se de mim, tenho certeza...

E os momentos foram passando, para desespero de Mistlay, que lutava para encontrar a saída de onde estava e não conseguia se mover, não tinha força para romper aquelas paredes que a rodeavam por mais que tentasse forçá-las a se abrirem. Não sabia dizer quanto tempo ficou ali.  Vencida pelo cansaço, Mistlay adormeceu. E sonhou...

Sonhou com a voz da Mãe Natureza, que lhe disse: “Eu sei o que estou fazendo. Confie em mim.”

Ao acordar, Mistlay se animou. Claro, deduziu que logo a Mãe Natureza iria retirá-la dali. Mas isso não aconteceu. Pelo contrário. Ela se sentia cada vez mais apertada.

Passou vários momentos de um desconforto ainda maior. Até que, num momento de muito desconforto, e muita revolta... Mistlay teve uma nova sensação, parecia que algo havia crescido no corpo dela. Ficou assustada. Mas continuou lutando. Até que adormeceu de novo. 

E Mãe Natureza novamente veio em seu sonho: “Você ainda não pôde perceber o que preparei para você, Mistlay... Está se transformando em uma borboleta!”

Mistlay acordou na mesma hora.

_Se sou borboleta, pensou, devo poder sair daqui.

Foi uma batalha de muito tempo. Sentia dores, desânimo, cansaço, perda de forças, até vontade de desistir. Até que, finalmente, Mistlay pôde sair. O abrigo apertado era um casulo! Agora ela podia ver...

Mistlay bateu as asas. Sentiu o ventinho que ela mesma fazia ao batê-las, e gostou da sensação. Ser borboleta era infinitamente melhor do que ser lagarta. Ela voava, e agora podia ver a árvore onde nasceu por outros ângulos. Voou de galho em galho. Até que adormeceu novamente de cansaço. E sonhou novamente. Desta vez, sonhou que voava, e a voz da Mãe Natureza lhe dizia:

_Mistlay... Você quis se tornar lagarta... Mas como lagarta você teria muitas limitações para realizar seu sonho de interagir com a natureza. Então te preparei para que você pudesse interagir muito mais como borboleta, você sonhava muito pequeno para uma capacidade tão grande! Voe alto. Veja de cima a natureza que você terá para interagir!!!

E no sonho, Mistlay podia avistar rios, animais, plantas... E como lagarta, ela jamais teria acesso a tudo isso. Mãe Natureza continuou:

_Filha Amada... Seu sonho era puro. Você não podia ficar limitada à copa da árvore. Para quem queria interagir com a natureza como você... Era preciso mais... Precisei te dar asas, e o processo de metamorfose realmente é doloroso. Mistlay, a vida como matéria para você será muito curta. Então, era preciso correr contra o tempo para que seu sonho valesse a pena, e para que  você realmente pudesse ver do que era capaz. E enquanto você estava no casulo, eu não podia te dizer que você viraria borboleta. Você poderia ter medo, poderia não se sentir capaz, precisei te preparar momento por momento para que você realmente estivesse pronta.  E você lutou bravamente. Tristeza, revolta, cansaço e vontade de desistir fazem parte, é o preço por realizar um sonho, mas eu estava ali, acompanhando cada etapa sua, mesmo quando você sentiu revolta e questionou meu amor por você... Mas agora voe, minha filha. Voe e veja tudo do que você pode usufruir e que nem sabia que era possível, e que era capaz! A vida é curta, portanto aproveite! Eu sempre soube que você seria capaz!!!!



domingo, 11 de janeiro de 2015

"Não perca tempo..." - O que isso significa?

Todos ouvimos desde crianças que não podemos perder tempo. Porque ele passa depressa, ou porque ele não volta mais.

E muitos de nós interpretamos isso como? Que precisamos "correr"! 

Mas todos sabemos e tantos de nós nos esquecemos disso: Algumas coisas devem acontecer devagar, aos pouquinhos. Na ânsia de não perder tempo, muitas vezes pulamos etapas importantes buscando logo o resultado final e com isso... Este pode sair totalmente diferente daquilo que queríamos!

Ou, ainda... "Colocamos a carroça na frente dos bois" e o tempo necessário para corrigir um erro fica ainda maior do que seria ter sabido esperar para termos mais conhecimento de causa em determinadas situações... E ter acertado, sem precisar corrigir nada, ao invés de ter errado pelo domínio da ansiedade.

É a mesma coisa que tomar medicação. Se um médico pede para você tomar um medicamento, 1 comprimido 3 vezes ao dia, durante 7 dias... Você não pode tomar 21 comprimidos de uma vez. Bem como, não pode tomar 3 comprimidos pela manhã e não tomar mais durante o dia.

Ou pense nas etapas de fabricação de um vinho. Tem o plantio da uva, o cultivo, os cuidados, a colheita, transformar os cachos em suco, colocar para fermentar... E esperar o tempo certo para tomá-lo! O vinho ficará bom se forem colhidas as uvas sem a maturação necessária? Ou será gostoso se você tirá-lo do tonel e experimentá-lo antes do tempo necessário para fermentação? Bom, eu já provei vinho nesse estágio e é horrível (risos).

Não perder tempo é saber otimizá-lo. E otimizar não significa necessariamente correr! Otimizar o tempo é saber a hora de agir, a hora de esperar, a hora de observar e talvez até a hora de parar...

E como saber a hora certa para tudo? Às vezes simplesmente não sabemos. Aí é hora de ouvir o coração, a razão, e usar a sabedoria que adquirimos ao longo da vida.

E caso aconteça de em algum momento perdermos tempo... Numa próxima oportunidade estaremos mais sábios para não deixar que isso ocorra!

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

"Casa... Se não der certo, separa!"

Várias vezes ouvi pessoas, especialmente na minha infância e adolescência, falarem que achavam um absurdo as pessoas casarem-se já pensando em separação. Que ninguém mais levava o compromisso "família" a sério, que ninguém mais queria tolerar nada, que casamento deveria ser um compromisso "para sempre", e tudo mais.

Ok, de fato, vemos que muitos se casam sem ter estrutura física ou emocional para isso, e às vezes vemos gente se casando e nem sempre é preciso ser um grande sábio ou observador para sabermos que aquela união não parece ser sólida... Vemos muitas uniões de casais imaturos etc...

Mas, vendo por outro lado...

Durante muito tempo, tive em mente que realmente casamento deve ser para sempre... Mas a gente cresce. Eu cresci, e observei que quando dizemos "para sempre" para qualquer área da vida, só vale a pena quando é para ser feliz ou enquanto se está feliz! E isso inclui o casamento.

Quantas vezes vi mulheres principalmente, "batendo no peito" porque estavam casadas há 30, 40, 50 anos... Mas quantas delas eram infelizes já havia anos!! 

Quantas se orgulhavam por "ser um exemplo para a sociedade", sendo que a preocupação maior deveria ser a felicidade delas, e não o que a sociedade determinava!

Quantas se orgulhavam por "ter um casamento duradouro comparando com os mais jovens que se separavam", sendo que elas perderam toda a juventude sendo infelizes!

Quantas se orgulhavam por "terem levado a sério o juramento feito no altar da igreja do casamento 'até que a morte os separe' ", sendo que elas mesmas já estavam mortas por dentro!!! E será que Deus não prefere ver Seus filhos felizes, recomeçando a vida, ao invés de vê-los se destruindo pela infelicidade?

Quantas dessas mulheres suportavam traições, às vezes até violência, ou simplesmente não suportavam mais seus maridos que eram desatentos, intolerantes, insuportáveis, implicantes, que as humilhavam de diversas maneiras e haviam se esquecido do respeito às suas esposas! E quantas dessas mulheres ainda eram totalmente dependentes financeiramente de seus maridos...

Aí eu pergunto a vocês: Que mérito é esse, onde a aparência e a tradição se sobrepuseram à paz interior e à felicidade? 

Vi também mulheres infelizes dizerem algo do tipo: "Escolhi casar com ele, não escolhi? Então, 'agora agüenta' ! " Ou seja, ainda se puniam por isso!

Hoje temos uma nova consciência a respeito de tudo isso... Concordo que a geração atual pode ser mais intolerante, imatura e descompromissada... Mas ao menos as pessoas têm mais liberdade para correrem atrás da felicidade delas, mesmo que isso inclua escolhas doloridas e talvez até erradas!

Alguns casais não se separam por causa dos filhos (e vemos isso acontecer ainda hoje). Totalmente compreensível, afinal, todos sabem que para os filhos em geral é difícil enfrentar a separação dos pais que não querem vê-los sofrer por isso, que os pais especialmente não vão querer ficar longe dos filhos já que eles irão morar com a mãe (na maioria das vezes), porque querem acompanhar o crescimento deles, etc... Mas, por outro lado... Para conseguirmos fazer alguém feliz, também temos que estar felizes (e isso inclui os pais perante os filhos!). Por mais que um filho que presencie a separação dos pais fique traumatizado... Pode ser que essa criança fique com um trauma muito maior por presenciar brigas ou viver num ambiente pesado, e sentir o desamor dos pais um pelo outro... Quantas crianças ainda se sentem culpadas porque sabem que os pais são infelizes apenas por causa deles! E o que os pais preferem para seus filhos? Um ambiente sadio e tranquilo para eles, mas sem a presença de ambos morando sob o mesmo teto... Ou todos morando juntos num ambiente tenso e triste?

É claro que todo casal tem suas diferenças. Claro que existem os momentos e períodos de crise(***)... Claro que temos que saber conviver, e ter sabedoria para respeitar e compreender o outro. Agora, a pessoa jogar a felicidade fora apenas porque foi educado(a) para "casar para sempre"... É outra história!  
(***)E se a crise que se instala não é superada por falta de vontade de uma ou ambas as partes? Ou porque realmente surgiu uma incompatibilidade que podia estar "incubada"?

Ninguém, ou ao menos a maioria, casa com a intenção de se separar. A sabedoria popular também diz que só vivendo debaixo do mesmo teto conheceremos de fato nosso marido/esposa. E se durante essa convivência vemos que nosso(a) parceiro(a) é totalmente diferente daquilo que pensamos, independente de termos observado mal, nos recusado ver determinadas coisas (o que é muito comum...), ou dele(a) ter escondido ou simplesmente ainda não ter manifestado certos defeitos antes do casamento?

E, como sempre digo... As pessoas têm direito de mudar. Algumas pessoas mudam para melhor e nos agradam. Outras mudam para pior (ao menos sob nossos olhos) e nos desagradam... E nem sempre essas mudanças acontecem em sintonia conosco. Se a pessoa teve o direito de mudar, nós temos que ter o direito de escolher permanecer ao lado dela ou não!

Pessoas, estamos entrando na Nova Era... Será que não vale a pena pararmos para pensar que o importante é lutarmos pela nossa felicidade, e isso pode incluir termos coragem de pôr fim a situações que nos fazem infelizes? Claro que corremos o risco de fazermos escolhas erradas a respeito, mas... Como sempre digo, pior do que fazer uma escolha errada é se abster disso e ficar inerte, deixando a vida passar... E, mais cedo ou mais tarde, todos responderemos pelas escolhas que fizermos!

O objetivo de todos deve ser apenas um: SER FELIZ. Não pense que você "tem um carma a cumprir". É você quem cria seus carmas. E mesmo que você acredite que "você tem um carma", lembre-se que você também tem livre arbítrio (um grande "presente" da vida), logo, tem poder de escolha para mudar sua situação e ser feliz!!! Leia mais em http://venhaereflita.blogspot.com/2014/10/esse-e-meu-carma.html 



terça-feira, 6 de janeiro de 2015

O líder ou funcionário "segura-informação"!!!

Existem líderes ou mesmo funcionários em empresas que se negam a passar determinadas atividades e conhecimentos para seus funcionários.

Não estou falando das pessoas centralizadoras. Algumas pessoas simplesmente não se sentem seguras em confiar no trabalho alheio, e este seria um assunto à parte. Aqui o foco é falar sobre pessoas que se recusam a transmitir seus conhecimentos.

A insegurança ou determinação em não fazê-lo acontece por um motivo aparentemente óbvio: Passar informação ou delegar um procedimento importante pode significar perda de poder, ou até do cargo, especialmente se a outra pessoa tiver potencial.

Mas o que esses profissionais não percebem é que, ao passar o conhecimento ou uma atividade, eles terão, além de aliados, mais tempo para realizar e otimizar outras atividades, supervisionar diminuindo o número de erros nos processos, ou quem sabe podendo até criar mais, desenvolver outros métodos... Multiplicando otimização e também o conhecimento - consequentemente, podendo ter maior destaque na empresa!

Esses líderes e funcionários preferem que a empresa vire um "caos" na ausência deles, para que a empresa veja "o quanto são importantes", ou preferem o caos a passar conhecimento. Mas numa ausência forçada eles podem ter sérios problemas a resolver depois, sem contar os transtornos que a empresa irá enfrentar por não ter mais ninguém que exerça determinada tarefa.

Lógico que todos têm que ter discernimento para quem transmitir coisas importantes. Não adianta quererem passar conhecimentos e atividades para uma pessoa que não mostre interesse (como aquelas que "querem um emprego, não um trabalho"), ou que não esteja madura o suficiente para compreender, ou preparada ainda para exercer determinada tarefa. Ou que, ainda, não seja da confiança deles (e infelizmente nem sempre um bom líder pode desligar funcionários em quem ele não confie).

Pense também que desenvolver talentos também é característica de um bom líder...

Não tenha medo. Caso você passe informações para pessoas certas, e depois te demitam por isso... Ok, você terá um problema a enfrentar, mas decididamente uma empresa que faz isso não merece você nem seus conhecimentos, trata-se de uma empresa "limitada", e se você é um bom profissional deve estar num lugar com visão "aberta". Ela pode ter ganhado as informações que você passou, mas perdeu seu potencial e tudo o que você tinha a desenvolver nessa empresa - inclusive tudo aquilo que você ainda ia aprender lá dentro! E lembre-se, um profissional bom, competente, ético e de bom relacionamento, sempre terá seu "lugar ao sol".

Já vi empresas demitirem líderes exatamente por "segurarem informação"...

" Uma vela nada perde quando, com sua chama, acende uma outra que está apagada." (Orison SMarden)