terça-feira, 29 de julho de 2014

Lições de vida observando a estiagem no rio Tietê, na cidade de Salto

Os noticiários informam que na cidade de Salto (interior paulista) estão aproveitando a estiagem e o rio totalmente seco para fazer uma limpeza e retirar tudo. Foram anos de lixo acumulado. Um pouquinho aqui, outro ali, muitos de uma vez... E acabaram retirando o equivalente a uma montanha de detritos!

Seria impossível fazer a limpeza que estão executando se o rio estivesse com água.

 "Se a gente não faz isso agora, depois que o rio voltar ao nível normal vai ficar impossível, então temos que aproveitar a estiagem e ver nela uma oportunidade", disse o secretário municipal de Meio Ambiente, João de Conti Neto.
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E que lição podemos tirar de mais este recado da natureza?

O mesmo acontece conosco. Passamos anos acumulando e recebendo lixo... Que acaba se acomodando lá no fundo, que ninguém vê, nem a gente mesmo. E enquanto somos rios, enquanto estamos em nosso estado natural com a água correndo, vamos deixando nossa água correr. Até que um dia vem uma estiagem. Nossa água acaba, não é mais vista... Aí é possível ver todo o lixo que se acumulou.

E o que fazer nessa hora? Chorar porque não tem água? Reclamar que o lixo existe e que ali foi jogado? Esperar que os responsáveis que jogaram o lixo apareçam para tirar o que jogaram? Culpar todos que colaboraram para que o lixo chegasse naquele nível? Lamentar a paisagem suja? NÃO! Aproveite que é possível ter o lixo em suas mãos... E tire-o de lá! Talvez você não tenha tido escolha de receber o lixo que jogaram em você. Mas agora você pode escolher retirá-lo!

Há sujeiras acumuladas que só podem ser vistas e retiradas durante um período de estiagem... Veja então a oportunidade única que só uma estiagem poderia trazer!

O noticiário mostrou a imagem “antes”, cheia de lixo, e a imagem “depois”... Com tudo limpo. Tenha paciência. Enquanto a estiagem existir, por mais que ela te preocupe, aproveite para tirar todo o lixo possível. E depois contemple seu trabalho pronto... Admire a limpeza que você fez. Passe a admirar e a contemplar seu leito limpinho. Pense que não pretende mais deixar que tanto lixo se acumule mais.

Não existe um rio sem água. Mas todos sabem que ali existia um rio, e todos sabem que vai voltar a existir, afinal, a chuva há de chegar, a estiagem não será eterna... E desta vez o rio será mais limpo, mais puro, sem aquele monte de lixo que ninguém conseguia ver!

Rio não é rio sem água. E por mais que pareça independente, um dia todos são obrigados a notar que o rio depende de chuva, não sobrevive sozinho... Chuva esta que cai dos céus! Lá do Alto...

Você se considera um rio? E Quem você considera ser sua chuva?... Não se esqueça que a chuva, tão vital e essencial para que o rio exista, vem lá do Alto...

segunda-feira, 28 de julho de 2014

Porque temos que ter sabedoria quando procurarmos saber como será nosso futuro...

Pense bem se vale a pena buscar saber como será o seu futuro. Não é à toa que não é tarefa simples saber, e a quantidade imensa de “charlatães” está aí para provar isso. E creio que se é preciso que saibamos desse futuro, isso chegará até nós, não somos nós que devemos ir a essa busca. Não é “padrão da vida” termos livre acesso ao nosso futuro, certo? E isso não é à toa!

Vou mostrar alguns exemplos que podem melhor explicar...

Imagine que você esteja muito feliz trabalhando numa determinada empresa. Você sempre dá o melhor de si. Aí, um dia por curiosidade você vai a um profissional competente que lê cartas (por exemplo), e este lhe diz que você NÃO ficará nesta empresa, que em determinado tempo será demitido. E você acredita nisso, afinal, foi dito por um profissional competente com ótimas referências.

O que irá acontecer? Você vai ficar totalmente desmotivado. Vai parar de dar o melhor de si, consequentemente, vai perder a oportunidade de aprender muita coisa. E aquele emprego que chegou em sua vida para te aprimorar para uma outra oportunidade vai deixar de cumprir sua função. E por causa disso, você acaba até alterando seu futuro...

A pessoa com sabedoria já agiria diferente: Continuaria dando o melhor de si, ficaria mais atenta em não cometer erros, usando a previsão como motivação.

Quer um outro exemplo? Imagine que você esteja num relacionamento, e esteja feliz. Aí... vou dar dois exemplos:

1) O profissional vem e diz a você que sua felicidade será ao lado de outra pessoa que em breve você irá conhecer. “Adivinhe” o que irá acontecer. Você poderá se sentir tão “empolgado” por saber dessa outra pessoa que vai deixar de cumprir sua missão no relacionamento atual, vai deixar de dar a devida atenção para seu par. Ou fica tão triste em saber que sua felicidade não é ao lado do par atual que perde a motivação. E o atual relacionamento, que te aperfeiçoaria para o próximo, deixa de cumprir sua missão porque você perde totalmente o foco nele.

2) O profissional vem e diz a você que a pessoa do seu atual relacionamento é o grande amor da sua vida e que vocês vão ficar juntos “até que a morte os separe”. Lógico, você vai ficar feliz e satisfeito, mas... Isso pode fazer com que você se acomode nos seus erros, porque nunca vão se separar mesmo... Aí, vamos supor que seu erro seja trair. Você continua traindo, até que um dia é descoberto(a) e seu par não te perdoa e te deixa. O que você vai dizer? “Aquele profissional foi incompetente.” O profissional pode não ter sido incompetente. Você que alterou seu futuro por ter se acomodado. A pessoa com sabedoria teria usado a previsão como motivação e tentar ser cada vez melhor já que descobriu estar com o amor da sua vida...

Não estou, de maneira alguma, com intenção de “desqualificar” profissionais. Nem pretendo julgar pessoas que têm vontade de saber do seu futuro, é uma curiosidade até natural do ser humano. Mas sejamos sábios quando buscarmos essa informação. Como sempre digo, que o conhecimento sobre o futuro tenha como principal objetivo sabermos se estamos na direção certa e para nos aperfeiçoar... Jamais para satisfazer uma curiosidade ou se revoltar a ponto de alterar o próprio destino.


Creio que esse texto seja um ótimo complemento para o texto de 7/07: http://venhaereflita.blogspot.com/2014/07/alemanha-x-argentina-as-previsoes-de.html

domingo, 27 de julho de 2014

Olhando pelo outro lado da situação...

Hoje, passando rapidamente por uma rua perto de casa, vi um homem deitado no chão, devia estar dormindo... E tinha um cachorro sentado ao seu lado. Talvez este homem estivesse sob efeito de tóxicos, ou alcoolizado... Porque estava muito frio para se estar ali (e olha que hoje fez frio em São Paulo!!!). Não parecia ser morador de rua, porque tinha o cabelo cortado, e se fosse morador de rua, provavelmente estaria com uma coberta ou alguns pertences,  e não tinha nada além do cão.

Eu poderia ter reparado principalmente no homem. Poderia ter ficado triste de ver um ser humano naquela situação. Poderia tê-lo julgado por estar ali, que era algo totalmente insano pelo frio que estava.

Mas escolhi focar em outra coisa. No cão! Sentado, fielmente ao lado do homem, um "sentinela", provavelmente velando por ele e aguardando o momento de acordar. Um exemplo de fidelidade, devoção e amizade, tão característico de um cão.

Preferi focar mais na beleza da fidelidade canina do que na possível desventura de um homem... 

E eu disse no primeiro parágrafo que o homem "não tinha nada além do cão". Mas talvez... Esse cão seja TUDO para aquele homem!

"As pessoas não devem gostar de você pelo que você faz por elas, mas pelo que você é."

Eu ouvi essa frase mais de uma vez. E demorei um pouco para "digeri-la", porque apesar de concordar e achar lógica, sempre achei que não seríamos notados ou amados se não tivéssemos a iniciativa de fazer coisas que agradassem as pessoas queridas com freqüência.

Mas comecei a entender que, de fato, é a nossa essência que importa, e é por ela que temos que ser amados.

Até que um dia, aprendi essa lição de vez... Há muito tempo eu não tinha um convívio com crianças. E por um tempo eu pude conviver com uma, que por sinal, é um serzinho simplesmente iluminado...

Ao conhecer essa criança, não "fiquei em cima" para ganhar a confiança dela a qualquer custo. Sempre fui da opinião que temos que deixar as crianças à vontade, sermos receptivos com elas, mas não ficar "forçando a barra".

Mas, enfim. Conheci essa criança. Conversava naturalmente, comecei a participar das brincadeiras, mostrei alguns desenhos e personagens que gostava quando tinha idade dele (mentira, gosto até hoje e assistíamos juntos rsrsrs), e com o tempo ele mesmo começou a tomar a iniciativa de vir falar comigo e me chamar para brincar.

De repente, do nada, essa criança, sem motivo ou porquê... Começou a me abraçar. Simples assim. Eu estava no sofá, de repente vinha e me abraçava, frequentemente. Sem contar as coisas que ele me dizia que realmente mostravam que ele me queria bem. Quer uma prova de afeto mais sincera do que essa, vinda de uma criança?

E comecei a me perguntar: "Não fiz nada de especial... Por que ele tem sido assim comigo?" Resposta: Não fiz nada. Ele simpatizou com minha essência. Pura e simplesmente. 

Esse pequeno professorzinho me fez enxergar que não precisamos fazer grande esforço. O afeto deve acontecer espontânea e naturalmente. Simples assim... 

Lição da qual nunca mais me esquecerei...

sexta-feira, 25 de julho de 2014

Pare de falar mal da família dele(a)!!!

Certamente um dos maiores motivos de tensão e desgaste num relacionamento acontece quando um dos parceiros, ou os dois, resolve(m) falar mal da família do outro.

Quem já viu sua família ser mal falada por um parceiro sabe muito bem como é isso...

Para você que tem esse péssimo hábito, entenda uma coisa: Você pode ter razão no que diz, você pode notar coisas realmente muito irregulares, erradas ou até injustas na família dele(a)... E é bem capaz que o(a) seu(a) parceiro(a) também note esses defeitos. É bem capaz que ele(a) mesmo fale mal, mas... Você não tem esse direito.

 “Eu só falo o que é verdade.” Ok, pode ser verdade mesmo. Mas para que magoar ainda mais o(a) parceiro(a), que talvez até já possa se entristecer ou se irritar com a própria família? Isso pode gerar uma discussão entre o casal totalmente desnecessária.

Mesmo que ele(a) fale mal... Não faça o mesmo, apenas escute e se tiver que apontar algo, que seja em tom de comentário, jamais como crítica (*). Ele(a) tem esse direito, até para desabafar, mas você, não!
(*)Qual o equilíbrio entre comentar sem criticar? “X”. Só na sabedoria mesmo...

Há também quem aponte defeitos da mãe, do pai, do(a) irmão(a), do tio(a), etc... Para alertar o parceiro de que estão abusando dele(a), ou que estão cometendo alguma injustiça com ele(a), enfim, para defende-lo(a). Se esta é a intenção, sim, você deve saber o que falar, mas principalmente, COMO falar...

E você tem que ter cuidado redobrado quando você vê a família do(a) parceiro(a) cometendo erros e ele(a) sendo conivente com isso... Abrir os olhos dele(a) não será realmente tarefa fácil, portanto, cuidado com o que fala. Não, melhor dizendo: Cuidado em COMO fala.

Pode ter certeza de que se a sua única intenção é “abrir os olhos” do(a) parceiro(a) sobre seus familiares (independente dele estar errando também ou não), se você optar por dizer com agressividade, desprezo, ou de qualquer outra maneira negativa... Vai ser muito mais difícil ele(a) te escutar. Ele(a) pode se sentir contrariado(a), pode querer defender os familiares a qualquer custo, e acabar querendo contrariar você. Pode sequer te ouvir, consequentemente, você não vai conseguir alertá-lo(a) sobre aquilo que você queria tanto apontar. E o que podia ser de grande ajuda da sua parte acaba tendo efeito contrário: seu(a) parceiro (a) continuar “cego” ou continuar cometendo erros, até por “birra”, despeito ou em simples defesa dos familiares, pelo simples fato de não concordar com você pela maneira negativa a que se referiu.

Acredite: Nós sabemos, sim, que nossa família tem defeitos. Todos nos incomodamos com isso. Mas dói, irrita demais, quando nosso(a) parceiro(a) fala mal, especialmente quando há intenção de criticar ou até irritar.

Muitas vezes a pessoa já sabe dos defeitos dos familiares e isso já incomoda o suficiente, portanto, não precisa que você venha e critique...

quarta-feira, 23 de julho de 2014

"Arrependo-me da oportunidade que perdi"

Muita gente já teve um momento assim... Não é mesmo?

Lógico que, diante de algo que deixamos passar, podemos nos lamentar por não termos tentado, mas por outro 
lado... Quem garante que teria dado certo?

Sem contar que a vida é sábia. Talvez você no fundo não estivesse devidamente preparado para aquele momento e algo te inspirou a não ir...

Talvez o arrependimento faça com que você se atente posteriormente a uma nova oportunidade e prepare-se melhor para ela do que estava preparado quando deixou a outra passar. Já parou para pensar nisso?

Era só uma oportunidade, não era uma obrigação!

Existe a célebre frase: “É melhor se arrepender do que fez do que pelo que não fez...”. Concordo, e acho que têm coisas que não há como sabermos se darão certo a não ser vivendo-as e tentando... Mas conheço gente que diz que certamente se arrepende mais do que fez e deu errado do que teria se arrependido pela abstenção da tentativa, além do mais, teria gastado o tempo em outras coisas...

A impressão que nos é passada quando “deixamos passar” às vezes nos deixa tão amargos, tão arrependidos, que é como se fosse certeza de que teríamos sido bem sucedidos, e como se fosse nossa última oportunidade de sermos felizes. E não é bem assim.

Não estou dizendo para você sair dizendo “nãos” ou "sins" por aí, mas fique atento se realmente vale a pena, se você quer...

É muito fácil imaginar que resultado teria... Mas pense também que se não tivesse dado certo, a dor da frustração e o tempo perdido poderiam ter sido muito piores do que a sensação do arrependimento.

Acredite: O mundo está cheio de verdadeiras “encrencas” disfarçadas de boas oportunidades!

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Uma proteção invisível

Acredito em "proteções invisíveis".

Há uns dois anos, voltando de uma visita comercial à tarde (loooonge pra caramba de onde trabalho, e ainda tinha um casamento para ir à noite - ossos do ofício!) começou a chover. Sempre costumo tomar muita distância do carro da frente e assim estava. Era uma chuva fraquinha, estava bem distante do carro da frente, e de repente, vem uma "voz" na minha cabeça: "Fique ainda mais longe porque está chovendo". E assim fiz.

Uns 10 segundos depois... O carro da frente parou de repente, nunca senti tanta força numa "pisada no freio". E que desespero quando ao pisar até o fundo, percebi que o carro continuou em movimento e derrapando... Até parar, a uma distância de uns 10 cm do carro da frente, que já havia colidido com o que estava na frente dele.

Não era para acontecer um acidente comigo, então, algo ou alguém que desconheço me inspirou a tomar mais distância. Creio que isso aconteça sempre conosco mesmo sem percebermos! E nada acontece com a gente sem o "aval" de uma força maior, por mais dificuldade que tenhamos em aceitar determinadas situações.

domingo, 20 de julho de 2014

"O lobo na pele de cordeiro"

Existe a fábula do lobo na pele de cordeiro, e no dia a dia utilizamos essa expressão para nos referirmos às pessoas falsas.

Mas as pessoas falsas nem sempre são necessariamente más. Elas podem ser também pessoas que não gostam de si, não se aprovam ou não se conhecem... E com isso preferem esconder sua verdadeira personalidade, talvez sem sequer se darem conta disso!

E há também aquelas pessoas cujos pais fizeram-na desde criança vestir a pele de cordeiro... Impedindo-a de reconhecer a verdade sobre si mesma. Talvez por acharem que era melhor para ela, ou pensando que assim a estariam defendendo de rejeição, talvez por não conhecerem a si mesmos e por isso não sabiam reconhecer o próprio filho, ou nem sabiam que estavam vestindo nela uma pele de cordeiro... Até um dia em que ela perde a pele em alguma circunstância da vida também...Pior ainda. Nesse caso, a pessoa sequer se reconhece, porque desde criança se viu como cordeiro, sequer imaginava que era um lobo!

Vou tentar me aprofundar um pouco nessa questão das pessoas que em algum momento, ou em todos os momentos, vestem ou vestiram a pele de cordeiro... Não necessariamente para as pessoas falsas por maldade, mas também para as outras que citei nos parágrafos anteriores.

Quando uma pessoa pensa que é um lobo, ou não gosta de ser lobo... Um dia resolve vestir a pele de cordeiro. Ela imagina, ou foi influenciada a acreditar que, sendo lobo, vai estar sempre só porque lobos são mal vistos e provocam medo. Pensa que sendo cordeiro, isso não acontecerá. E veste a pele, agindo como tal, e de fato pode ficar menos isolada por isso. Mas nem por isso ela deixa de ser lobo. Por mais que ela disfarce, em momentos de desafio os instintos de lobo aparecem.

E pode ser que em algum momento, perca a pele de cordeiro, que pode ficar totalmente deteriorada após tanto uso, ou “manjada” pelos demais que convivem com ela sem nem fazer tanto efeito mais. Ou ainda, perca a pele sem perceber porque num momento de tensão se descuidou, e “no calor do momento” ela estava tão aquecida que sequer percebeu que a pele caiu... E ela nem fazia tanto peso mais, de tanto que foi usada. Um motivo a mais para não perceber a perda!

E, depois que acaba “o calor do momento” e percebe a perda da pele... O pobre lobo pode sentir frio. Primeiro pela falta da pele, e depois, como agora todos sabem que ele é lobo vai passar a ficar mais só, e suas noites serão mais frias porque não terá mais como se aquecer junto ao grupo de cordeiros com quem ele andava até então...

E, no frio, sozinho, sem ter ninguém que compartilhe calor e até alimento com ele... O desconforto será muito maior. Vai ter que batalhar sozinho para sobreviver. E em dias de muito frio e fome, não conseguirá raciocinar e passará a agir seguindo seus impulsos. Inevitavelmente seus instintos como lobo finalmente aparecerão, e aí ele vai atacar pra valer... Pela fome, pelo frio, pela raiva de estar sozinho, e vai saber que por ser lobo, os demais terão medo dele! E todos em sua volta confirmarão que é um lobo!  Vai ver, é por isso que a vida nos deu instintos que às vezes nos causam desconforto ou assustam os demais... Justamente para que num momento de pressão fiquemos “cara a cara” conosco mesmos, e sejamos obrigados à força a nos reconhecermos!

Por isso tudo, se sentia tão confortável enquanto estava na pele de cordeiro...

Essa pessoa poderia...

-Continuar sendo um lobo e aceitar já que realmente é, e tendo consciência disso, poderia batalhar para ser um lobo melhor, que não causaria tantos males por aí...

-Escolher não atacar as pessoas, e ser vista como um lobo mais inofensivo ou até passar despercebido como tal! Não por falsidade, mas por saber que seus instintos podem ferir os demais.

-Ter consciência de que ela só faz parte de uma matilha e se juntar a eles para trocar experiências, visto que existem tantos lobos por aí! Quem sabe aí conseguiria encontrar “seu lugar ao mundo” e finalmente se sentir parte de um grupo.

E, ainda assim... Pode escolher vestir outra pele ao invés de enfrentar suas verdades como lobo... E, fazendo uma analogia da crença na reencarnação com a possibilidade de se renovar... Poderia procurar ser melhor e aguardar uma próxima encarnação para merecer não mais nascer como um lobo!

Leia também http://venhaereflita.blogspot.com/2014/12/quando-nos-apresentamos-vestindo-uma.html 

Quando chega o pior momento de nossas vidas...

...até que, um dia, somos realmente postos à prova. E temos certeza de que aquela é a pior que já passamos.

Quem nunca passou por um momento assim? Quem nunca achou que aquele era o limite? E, realmente era... Até então. Porque uma hora a prova passou. E sobrevivemos, aprendemos, e o mais importante: Continuamos a viver. Ultrapassamos o limite. 

A vida é assim. Mostra-nos mais de uma vez que é possível superar um limite, aquele que parecia o maior de todos... E às vezes sem perceber vamos subindo os degrauzinhos, a cada superação, a cada "prova de fogo".

Cada problema vivido tem uma característica diferente. Quando é "o" problema, aquele que nos coloca no pior momento, ele dói e parece infinito... Até que a situação se resolve (mas, sejamos francos. Todos sabemos que uma hora passa. Mas enquanto dura... Como é difícil, por mais forte que sejamos ou por mais forças que encontremos!!!)

E, um dia, vem um outro problema, talvez não tão grande, que incomoda, requer resolução, "enche o saco", mas certamente já passamos por algo do tipo e pensamos: "Depois daquele problema que enfrentei, isso é fichinha!"

E assim vamos ficando mais fortes...

E para quem crê que há algo maior no Universo, que existe Deus ou seja lá a nomeação que preferir... A velha frase "A vida não nos dá um fardo maior do que podemos carregar" é realmente confirmada. Pegamos o fardo. Começamos a carregar. Ele pode até cair em cima da gente mas como não podemos ficar ali, acabamos dando um jeito de sair dali, às vezes contando com pessoas que nos ajudam a empurrá-lo ou a tirar de cima de nós (mas sempre lembrando que a escolha de sair do lugar onde estávamos quando finalmente podemos deixar de carregar o fardo é nossa).

Infelizmente há quem opte por se entregar, ou simplesmente fugir... E acaba tornando o caminho mais longo do que poderia ser!

A vida coloca vários fardos em nossas vidas. São inevitáveis. Alguns vamos infelizmente criar ou atrair... Outros simplesmente vêm, e parecem até injustos, mas temos que aprender que algumas coisas acontecem totalmente fora de nosso controle. Talvez nunca saberemos por que temos que enfrentar determinadas coisas. Talvez as respostas venham bem depois. Talvez as respostas vão ser percebidas lá na frente somente... E a vida age conosco de maneira silenciosa, não adianta ficar questionando.

E diante do desconhecido, e dos mistérios da vida... Não há o que fazer. É levantar, sacudir a poeira e tentar dar a volta por cima. Pura e simplesmente!

quinta-feira, 17 de julho de 2014

Alemanha x Argentina - As previsões de videntes que falharam (?)

Durante a copa, por mais de uma vez ouvi pessoas falarem sobre algumas previsões de supostos videntes e cartomantes. Algumas diziam que o Brasil não seria o vencedor, mas que a taça seria conquistada por um país da América latina.

Sendo assim, adivinhe o que aconteceu na final??? Muuuuuita gente achava que a Argentina ia ganhar, e tinha motivo, porque eles estavam com um bom time (é duro os brasileiros terem que reconhecer isso rsrsrs).

Enfim... A Argentina perdeu. E aí? Os videntes e cartomantes estavam errados? Pode ser, afinal o que não falta nesse meio são os charlatães. Mas, sempre fui de uma opinião: Uma suposta previsão correta do futuro serve para sabermos se estamos na direção certa ou se é preciso mudar. Acredito que algumas coisas podem até estarem predestinadas, talvez "escritas nas estrelas", mas acredito que as pessoas têm poder o suficiente (bem ou mal usado) para mudar o futuro, positiva ou negativamente.

E "por que cargas d'água" a Argentina seria campeã (caso fosse isso que "estava escrito") e não foi? Talvez porque seu excesso de auto confiança fez com que o time deixasse de treinar adequadamente, de reconhecer onde poderia melhorar, ou porque simplesmente o oponente acabou se superando, tendo um desempenho e dedicação além do que estavam tendo... E aí, por toda a mudança no presente, o futuro foi mudado.

Eu, pessoalmente, não sou muito favorável a procurar saber o que acontecerá no nosso futuro. Se não nos é permitido saber com facilidade, não é à toa. Acho inclusive que se temos que saber do futuro, a informação deve chegar até nós "por acaso", sem que forcemos para que isso aconteça... E quando acontece, reforço: Servirá simplesmente para sabermos se é preciso mudar de direção ou para nos prepararmos para "o que vem por aí", seja bom ou ruim.

E também não sou favorável procurar saber porque creio que a maioria dos profissionais da área não sejam muito confiáveis... Mas, enfim. Se ainda assim a pessoa insiste em procurar um profissional que foi muito bem indicado, que de fato costuma acertar nas coisas que prevê... Que o objetivo seja principalmente analisar as atitudes que estamos tendo hoje, não a simples curiosidade.

(Gostou desse texto? Então leia também http://venhaereflita.blogspot.com/2014/07/porque-temos-que-ter-sabedoria-quando.html )

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Quando "congelamos" uma pessoa no tempo!

Quando passamos muito tempo sem ver uma pessoa, o que acontece quando a reencontramos ou pensamos nela?

Vamos imagina-la como é hoje, ou como era quando paramos de conviver com ela? Claro que é a segunda opção, afinal, era a última referência que tínhamos dela.

Se for alguém que de certa forma marcou nossa vida, seja no bem ou no mal, é isso que ficará marcado. Essa “marca” é a que levaremos da pessoa em nossa vida... E é aí que a “congelamos”.

Diferente de quando congelamos um alimento no freezer – porque lá o metabolismo do alimento é suspenso – com uma pessoa isso não acontece... Ela continua a vida dela, e vai tendo vivências, perdas e aprendizados (ou não, se ela escolher estagnar).

Aí, quando pensamos, ou reencontramos alguém que nos fez mal, imediatamente nossa lembrança triste, a imagem que marcou, vem em nossa mente... E temos a nítida impressão, inconsciente, de que a pessoa continua daquele jeito, com aquele defeito ou característica que nos magoou. E nem pensamos em dar a chance, a nós ou a ela, de renovara impressão.

Mas pare para pensar: Tempos depois, será que a pessoa realmente ainda é aquela? Será que tudo aquilo que ela viveu durante o tempo em que estivemos ausentes de sua vida,não pode tê-la modificado um pouco, feito-a evoluir, se arrepender de atitudes erradas, criar novos e mais nobres valores? Em geral o ser humano é teimoso e custa a aprender, mas pode acontecer de ao menos melhorar.

E você? Será que quando a reencontra ou relembra, se dá conta que você também mudou e aprendeu, e de repente, pode ver que também teve sua participação para que essa pessoa te magoasse?

E quando você reencontra alguém de quem você tinha uma imagem positiva? Não acontece de às vezes você se decepcionar porque a pessoa parece ter mudado tanto, para pior? Isso também acontece. A pessoa “regrediu”? Não! Mas ela deve ter tido experiências ou feito escolhas que fizeram aflorar nela um lado sombrio que estava apenas escondido e sem se manifestar... Mas aí estava!

Amigos... Não é coerente reencontrar uma pessoa 20 anos depois e ter a imagem dela “congelada no tempo”. Não devemos julgá-la nem enquanto convivemos com ela, imagine quando acontece um reencontro tempos depois!

Se as pessoas tivessem um pouco mais de consciência disso... Ninguém ficaria preso naquela lembrança de um “amor do passado”, por exemplo. Conheço gente que foi casada por anos, ou é casada há anos, mas ainda pensa no “primeiro amor”, ou naquele (a) que considera ter sido “o grande amor de sua vida”... Neste caso, a mente prefere guardar e manter uma boa lembrança e isso é saudável, desde que não faça a pessoa sair da realidade em que ela vive! Quanta gente acaba se frustrando e se arrependendo por trocar um relacionamento real para viver uma grande paixão com um amor do passado... Imaginar uma convivência é totalmente diferente de vivê-la, e muitos não se dão conta disso! Como seria um reencontro com esse “amor do passado”? Será que realmente seria bem sucedido?

Eu mesma conheci uma pessoa que reencontrou um amor da adolescência, da qual nunca havia se esquecido. Reencontrou, começaram a namorar... E pouco tempo depois terminaram. Ambos eram totalmente diferentes do que eram quando deixaram de se ver anos antes.

Lógico que acredito em reencontros felizes, e ao voltar a conviver com essas pessoas, podemos ter boas surpresas com elas. Mas daqui para frente, quando reencontrar ou relembrar de alguém do seu passado, deixe que o tempo te mostre quem ela é hoje... Deixe que a vida “descongele” essa pessoa para você, e quando isso acontecer, veja quem ela é hoje. Independente dela ser a mesma ou não do passado...

segunda-feira, 14 de julho de 2014

Você prefere ser "instigado(a) com joguinhos" ou ser tranquilizado com a transparência?

Há quem goste de um ciuminho ou de um joguinho para “temperar” uma relação ou conquistar alguém... Bom mesmo é carinho, atenção, cumplicidade, reciprocidade... São temperos muito melhores.

Há quem acredite que “o começo da relação é a melhor fase, e a mais gostosa...”. Bom mesmo é acreditar que o depois, a consolidação, onde nasce o amor mais maduro e a cumplicidade, pode ser ainda melhor...

Há quem morra de satisfação quando seu amor “some um pouquinho” e depois manda uma mensagem, ou faz uma ligação, que funcionam como um verdadeiro bálsamo! Bom mesmo é receber atenção sempre e se sentir especial o tempo todo...

Há quem só consiga dar valor para algumas coisas depois que não as tem mais... Bom mesmo é saber dar valor enquanto as coisas estão à mão!

Há quem adore seduzir para se auto afirmar, para sentir poder... E pode até conseguir. Bom mesmo é guardar toda essa energia para conquistar de verdade alguém que valha a pena!

Há quem adore criar aquela ansiedade, expectativa sobre alguém... Bom mesmo é encontrar alguém transparente e que inspire sua confiança a ponto de não te gerar nem ansiedade, nem expectativa.

Há quem goste de arriscar e cair de cabeça mesmo sem saber o que tem no fundo... Bom mesmo é ver águas claras, limpas... E poder banhar-se em segurança.

Há quem goste de estar sempre com a razão e ficar “por cima” mesmo sabendo que está errado... Bom mesmo é saber ceder quando preciso (e ter o mesmo do outro lado).

Há quem prefira silenciar e não demonstrar tudo o que sente por orgulho ou receio de que o outro lado se acomode ou “pise”... Bom mesmo é declarar e ver se o outro lado merece essa atitude e seu sentimento (sem contar que pode ter uma grata surpresa em ser retribuído de igual forma ou mais!).

Há quem goste de uma calorosa reconciliação... Bom mesmo é não ter que chegar ao ponto de brigar.

Há quem tenha compromisso com alguém mas adoraria ter mais liberdade... Bom mesmo é encontrar quem te faça se sentir tão livre como estaria se estivesse só... Ou ainda mais livre.

Há quem ache que tudo isso é utopia... Bom mesmo é acreditar que tudo isso é possível, e principalmente, estar disposto a fazer ser!

(E encontrar alguém que te inspire tudo isso é tão difícil quanto conseguir ser assim também...)

E complemento com uma frase do Frederico Mattos (www.sobreavida.com.br
) que considero muito verdadeira: 
“Nos joguinhos de amor, ambos saem perdedores e não há vencedor.”

domingo, 13 de julho de 2014

Final copa 2014 Argentina x Alemanha – A vitória da humildade sobre a arrogância (Um perfeito “recado do cotidiano”)!

Enfim... Acabou a copa (Feliz Ano Novo!). E o último jogo teve vitória da Alemanha, para felicidade da maior parte dos brasileiros. Mas como, se foi ela que derrotou o time do Brasil com um “massacrante” 7 x 1???

Faz parte de uma rixa antiga, claro. Mas independente da tal rixa, não há como negar: A prepotência argentina causou muito mais antipatia do que o torcedor brasileiro já costuma ter. Claro que pela rixa as brincadeiras devido à eliminação seriam inevitáveis (até os brasileiros brincaram a respeito, aliás, e muito), mas vamos combinar: Houve um certo exagero da parte dos “hermanos”.

Nada contra o povo argentino, que fique bem claro. Há quem diga que essa disputa ocorre só no futebol e que gostam muito do povo brasileiro, e recebem-nos muito bem quando visitamos o país deles.

Mas, enfim, voltando ao assunto futebol: Como não reparar na arrogância até dos próprios jogadores? Na última coletiva de imprensa em Belo Horizonte de 10/07/2014, ironizaram quando foram questionados sobre o que achavam do fato de Neymar ter dito que torceria pela Argentina na final. Desdenharam, ao invés de agradecerem ou ao menos mostrarem um pouco de orgulho. Um jogador de destaque, um dos melhores do mundo, tem a humildade de fazer essa declaração e eles ainda ironizaram!

Certamente, alguns brasileiros teriam torcido pela Argentina se não fosse pela arrogância simplesmente exagerada. Os argentinos (povo e jogadores) já estavam “cantando vitória antes do tempo” e foram desbancados em campo. Enquanto a própria Alemanha com humildade declarou que o jogo não seria fácil...

E para “coroar” a arrogância... Messi tira a medalha que ganhou de vice... E não se mostrou nem um pouco satisfeito ou grato por ter sido eleito como o melhor jogador da copa. Ok, isso pode ser característico da Síndrome de Asperger que dizem que ele tem. Mas se não for por isso... Mais uma vez fica enfatizado o quanto a Argentina não aceita ser perdedora.

Já a Alemanha foi um exemplo para todos. Fez os 7 gols sobre o Brasil e teria feito mais, não fez por educação. Os jogadores deles abraçaram os brasileiros e trocaram camisas com eles ao final do jogo. E enquanto a Argentina ria da derrota brasileira, os alemães fizeram verdadeiras declarações de carinho pelos brasileiros e pelo nosso país, e ainda incentivaram-nos a não se deixarem abater por isso. Sem contar o legado que deixaram numa região tão pobre de nosso país onde deixaram toda uma estrutura de treinamento de presente... E também fizeram questão de mostrar o quanto gostaram do nosso país e do nosso povo.

Quer presente maior dos alemães do que terem dançado em volta da taça copa do mundo a dança que aprenderam com os nossos índios pataxós?...

Eis aí os grandes recados para a humanidade desse excelente final de copa do mundo:

- Todos gostam de ver a humildade vencendo a arrogância... Todos, exceto os arrogantes!

- Cantar vitória antes do tempo pode ser um erro grave;

- Quem realmente sabe e se prepara não “canta vitória antes do tempo”. Sabe que o mais importante é o planejamento e o preparo e a vitória deve vir como consequência;

- O ganhador digno de uma batalha pode conquistar até os vencidos por ele, que se recusam a torcer para quem tem como marcas a arrogância e a prepotência!

sexta-feira, 11 de julho de 2014

Uma grata surpresa num supermercado

Há uns meses atrás, tive uma grata surpresa.

Fui ao supermercado depois do trabalho, fiz aquela comprinha legal numa sexta-feira a noite, doida pra chegar em casa e quando chego no caixa, passada toda a compra já... Cadê a carteira??? Procurei feito louca. Fui até o carro, na esperança de achar pelo menos um cartão de crédito no meu casaco que estava no carro e SEMPRE tinha um cartão no bolso e... Dessa vez não tinha. Lei de Murphy? Inferno astral (sim, eu estava no inferno astral segundo os místicos)? Não sei. Só sei que mantive o bom humor, afinal não havia acontecido nenhuma tragédia, e voltei ao caixa: 

"Moça, é o seguinte: Em plena sexta-feira esqueci minha carteira no armário da empresa. Passarei o fim de semana sem minhas compras, sem dinheiro, sem cartão e sem documentos..."

Ela lamentou por mim, chamou o gerente, tentaram me ajudar, mas nada pôde fazer por mim. Para minha surpresa, o casal que estava atrás de mim simplesmente SE OFERECEU PARA PAGAR MINHA CONTA dizendo que eu podia depositar depois! Fiquei espantada, surpresa, e perguntei: "Como vocês podem fazer isso por alguém que vocês sequer conhecem?" De tão incrédula eu não queria aceitar, e para maior surpresa ainda, eles insistiram e já foram passando o cartão, dizendo: "Temos que fazer para as pessoas o que gostaríamos que fizessem por nós..." 

Agradeci imensamente, pedi o número da conta, um email e celular de contato para avisar quando fizesse o depósito (claro que ia fazer, né, gente??)... E ainda estava passada com essa atitude, até porque tiveram uma paciência imensa enquanto eu tentava achar o cartão!!!

Enviei um SMS depois agradecendo mais uma vez e dizendo que eles já tinham como me cobrar hehehe... E responderam dizendo que não havia o que agradecer, porque eu certamente eu faria o mesmo. 

Não sei se eu faria o mesmo. E justamente por isso, a boa impressão minha ficou muito acima do transtorno de estar sem a carteira. Pois é, são atitudes como essa que nos fazem ver que existem pessoas boas no mundo, e que no meio de tanta desonestidade, desconfiança e medo... Há quem aja acima disso, e desinteressadamente...

Vocês acreditam nisso??? Eu demorei a acreditar!!!

quarta-feira, 9 de julho de 2014

Os torcedores do Alemanha 7 x 1 Brasil...

O torcedor brasileiro deve ser o mais "mimado" do mundo. Acha que o Brasil tem a obrigação de ganhar, e não aceita outro resultado que não seja a vitória. Ok, a derrota de ontem foi marcante e traumatizante, porque 7 x 1 de fato foi demais. Mas mesmo que tivesse perdido de 1 x 0, muita gente estaria "inconformada" do mesmo jeito.

Muita gente faz o mesmo na vida: Não aceita outro resultado que não seja a vitória e não se conforma quando não consegue o que quer...

Quer dizer então que só é possível ser brasileiro durante a copa do mundo e enquanto o time estiver ganhando?

E conversando com várias pessoas, lendo várias matérias, percebi vários tipos de torcedores:

-O "raposa das uvas verdes". Louco para ver o time ganhar, mas depois que perdeu, pensou "ah, eu nem fazia tanta questão... isso não me abala."

-O que torcia muito pelo Brasil e saiu conformado. Aquele que simplesmente aceitou, até porque, sabe que a vida continua, que mesmo que o Brasil ganhasse ou perdesse a vida dele continuaria do mesmo jeito. Até porque ele é apenas um torcedor, o jogo não dependia dele.

-O vira-casaca. Torceu, cantou "eu sou brasileiro com muito orgulho, com muito amor", torceu pela seleção, cantou o hino com a mão no peito, todo esperançoso... E na derrota queimou bandeira do Brasil, queimou ônibus, gritou "olé" no estádio quando o time ficou totalmente desconcertado, e as críticas que já aconteciam (naturais, claro) desde o início do campeonato por perceberem as falhas viraram verdadeiras manifestações de ódio e julgamento.

-O consciente da própria tristeza. Ficou triste, chorou, "pôs pra fora", e depois se sentiu ou se sentirá melhor.

-O revoltado. Simplesmente não se conforma, porque não consegue aceitar. Vai ter que "engolir". 

-O bem humorado. Esse vi aos montes. Já que a vitória não foi possível, e a derrota foi totalmente inusitada... O pessoal caprichou na criatividade, até porque, não tinha como reverter mesmo e nenhuma "tragédia" estava acontecendo.

-O do contra. Torceu contra e fazia questão de mostrar para todo mundo que torcia a favor do oponente...

-O perseverante. O que disse "Valeu por tudo Brasil, agora é batalhar pelo hexa na Rússia.".

-O despeitado. Não aceitou a derrota e ainda procurou defeitos no time da Alemanha, mesmo vendo que eles jogaram com garra, respeito ao time brasileiro, de maneira "limpa". Precisa encontrar defeitos no opositor para amenizar seu orgulho ferido, ao invés de reconhecer os erros do perdedor.

-O violento, dizendo e postando em redes sociais coisas do tipo: "Tomara que o avião da volta pra casa deles exploda..."

-O rebelde ignorante. Não entende nada de futebol, mas mesmo assim pôs defeito no técnico, no jogador x, no y e no z. Julgou sem ter nenhum embasamento...

Não importa que tipo de torcedor fomos no jogo. Já passou. Mas... Que tipo(s) de torcedor escolheremos ser na vida?





terça-feira, 8 de julho de 2014

Reparando nos erros alheios...

Sempre tive a mania de reparar em erros de gramática, ortografia, concordância etc... Que as pessoas cometem escrevendo. Até por ter uma certa facilidade com a língua portuguesa, e também porque sempre gostei de ler bastante. Aliás, o hábito da leitura auxilia muito, o que não é segredo para ninguém.

E, detalhe... Além de reparar nesses erros, ainda pensava: “Ainda bem que não os cometo...”, sem parar para pensar que eu devia ter os meus também.

Um dia me surpreendi com uma pessoa que costuma escrever muito bem e havia cometido um erro de ortografia. “Ele, escrevendo assim? Não é possível!”

Aí, parei para pensar que eu devia cometer erros também...

“Não é que eu ‘não erre nunca’. A questão é que eu sempre acho que escrevo certo, porque escrevo do jeito que sei. Eu devo cometer erros também, sem perceber e sem querer, por ignorância, mas que certamente outras pessoas percebem...”

Seria muita presunção da minha parte achar que nunca erro na escrita. Posso até ter um bom conhecimento da língua portuguesa, mas isso não me torna infalível (como eu praticamente achava ser), até porque, não é minha especialidade.

E, analisando mais fundo...

Quantos erros ainda devo cometer sem saber, tanto na escrita, como na vida em geral... Que passam despercebidos por mim, mas certamente percebidos pelos demais... Quantos erros reparo dos demais sem enxergar os meus próprios!

Quantos erros todos devem cometer sem sequer perceber... E sem querer!!!

E não notificamos quem erra, nem somos notificados quando erramos, na maioria das vezes...

segunda-feira, 7 de julho de 2014

Lições de uma pitangueira

Há uns meses atrás encontrei uma pitangueira. Finzinho de safra, quase nenhum sinal de frutinhas nos galhos. Mas como gosto, ainda mais conhecendo aquela pitangueira já bem velha, que tem o dom de nos presentear com as pitangas mais doces que conheço, fui procurar uns "restinhos de safra".
Lição 1: A experiência e os anos de vida podem produzir frutos doces!

Observando um pouco... Lá estava uma. Ao avistá-la, como havia alguns galhos na frente, não seria possível pegá-la de onde eu estava. E tive que sair de onde estava para poder apanhá-la. Valeu a pena. Bem docinha! Lição 2: "Às vezes é preciso mudar de posição para conseguirmos aquilo que queremos."

Observei outro galho. Procurei e nenhum sinal de frutinhas. Mas, ao dar um passinho mais para a esquerda... Foi possível avistar outra, escondidinha por uma folha.
Lição 3: "Tem coisas que só conseguimos enxergar ao sair do lugar em que estamos!"
(E claro... Há o inverso... Pode ser que estejamos no lugar certo para observar e quando resolvemos sair perdemos a visão!)

Encontrei outra pitanga. Grande, vermelhinha, já senti o gostinho doce na boca... Fui lá, com tudo, me retorci toda porque estava meio fora do meu alcance, e ao encostar nela... De tão madurinha que estava, bastou encostar que caiu no chão! Se eu tivesse sido mais cautelosa, talvez conseguiria ter feito com que ela caísse na minha mão.
Lição 4: "Fracassos acontecem de vez em quando mesmo quando queremos e batalhamos muito por uma coisa... E é possível observar os erros para não cometê-los novamente."

Consegui poucas pitangas, a árvore realmente oferecia pouco. Aproveitei ao máximo as que consegui.
Lição 5: "Nem sempre conseguiremos o tanto que desejamos, cabe a nós aceitar o pouco que nos é oferecido ou disponibilizado."

A pitanguinha da lição 4 estava no chão. Judiação deixar apodrecer ali. Agachei, peguei e apesar de meio machucadinha foi possível lavar (o chão era arenoso) e saboreá-la.
Lição 6: "Nem sempre tudo está perdido. E às vezes é preciso 'descer um nível' para recuperar. E mesmo que esteja um pouco danificado, talvez seja possível usufruir também..."

Algumas ainda estavam verdes. Claro, deixei lá. Essa é fácil...
Lição 7: "tem coisas que não podemos querer adiantar. é preciso deixá-las amadurecer para podermos usufruir delas..." E ainda complemento: Não estarei lá quando amadurecerem, mas espero que possam ser aproveitadas por outra(s) pessoa(a).

Outras pitangas caíram de maduras no chão. Várias sementes, algumas vieram das pitangas caídas, outras porque alguém saboreou e deixou a semente lá. Algumas irão brotar, outras não... 
Lição 8: "todas são sementes, estavam lá cada uma de uma forma, cada uma veio de um galho diferente... mas nem todas conseguirão brotar, e talvez algumas - talvez uma ou duas sendo otimista - se tornem outras pitangueiras que produzirão muito mais..."

Outras pessoas que me acompanhavam gostam de pitanga também. Peguei poucas, mas foi possível compartilhar um pouquinho!
Lição 9: "Pra que concentrar a riqueza para uma pessoa só? Por que não compartilhar com mais? Todos podem usufruir, mesmo que um pouco menos."

Eu poderia encontrar muitas lições mais nessa simples observação. Vários recados silenciosos a natureza nos oferece... Basta observá-la.

Ver para crer...

É muito importante acreditar naquilo que queremos....

Mais importante ainda é acreditar naquilo que vemos, seja negativo ou positivo. Assim é possível sentir se o que queremos está coerente com aquilo que estamos vendo!

domingo, 6 de julho de 2014

Pequena frase, grande verdade...

Dizem que o ser humano não foi feito para ficar sozinho, e concordo. Mas muito menos, foi feito para ficar mal acompanhado.

sábado, 5 de julho de 2014

Neymar está fora da copa... E agora?

Jogo das quartas de final da copa do mundo entre Brasília e Colômbia, em 04/07/2014 (Detalhando para a “posteridade”... :-) ). 40 minutos do segundo tempo, onde o Brasil já está vencendo por 2 x 1. E o jogador Zuñiga, da defesa colombiana, comete uma falta em Neymar que o tira do jogo – e da Copa também, devido a uma fratura ao nível da terceira vértebra da coluna.

Já ouvi “a copa acabou para o Brasil”, “o Brasil já era”, “nem vai passar da Alemanha”, “o Brasil era time de um jogador só”, etc...

...e agora?

É o que acontece quando um líder, ou o principal membro de uma equipe, falta por algum motivo. As pessoas em geral já encaram como “caso perdido”, que “ninguém vai dar conta (membros da própria equipe podem vir a fazer isso)”...

Nessa hora, é possível despertar um maior senso de responsabilidade em todos os demais membros de uma equipe. De repente eles “acordam”, porque talvez até inconscientemente não se sentiam tão responsáveis ou importantes, visto que aquele que está em destaque “dá conta do recado”, e muito bem. 90% dos olhos de todos estavam direcionados a quem estava mais evidente.

Se os demais jogadores agora tomarem maior parte da responsabilidade para si, podem fazer aflorar seu melhor, que pode ser, até então não havia sido despertado... E diante de um grande evento como uma copa do mundo, há uma pressão positiva para que isto aconteça. E se acontecer... Será possível ver que não se deve deixar morrer a esperança da vitória, e muito menos, a autoconfiança. Trata-se de um grupo inteiro, não de um jogador isoladamente, e agora mais do que nunca todos estão sendo convidados a “mostrarem a que vieram”.

Quando um líder falta, é possível e até necessário que “nasça” outro, o que é gratificante para este que surgiu, e para os outros membros que novamente confirmarão que nunca vai faltar quem olhe por eles ou os lidere.  Ou, se não é possível que haja novo líder como o que faltou (nenhum líder é igual ao outro, ambos sempre terão vantagens e desvantagens), o senso de união e colaboração deve ser ainda mais aflorado para que o jogo continue e, quem sabe, chegue-se à vitória!

Se um dia seu líder estiver ausente... Sinta-se convocado a, mais do que nunca, mostrar seus pontos fortes. A si mesmo, principalmente!!!

(Alguém parou para pensar que os dois gols do Brasil nesse jogo já tinham sido feitos antes dessa falta... E não por Neymar? E alguém se lembra também que muitos não acreditavam que o Brasil ganharia a copa em 2002 porque Romário não havia sido convocado – jogador que era um dos favoritos – e foi?)

sexta-feira, 4 de julho de 2014

"Vai assim mesmo... Estou com pressa e não vou conferir o que o cliente pediu"

Quem trabalha servindo o cliente - seja o vendedor, o pós-vendas, o assistente - pode se sentir "tentado" a, num momento de pressa, ou pela simples preguiça, passar para frente um pedido de um cliente que pode estar errado.

Eu, que trabalho na área comercial, já vi muito disso. "Já que o cliente documentou errado, ou não especificou direito, e eu estou com pressa, 'vai assim mesmo'. Quem vai ter que arcar com os custos depois é ele mesmo..."

Concordo. Mas é nossa obrigação alertá-lo sobre os possíveis erros. Não só porque é certo e profissional, mas você já pensou que, mesmo que o erro tenha sido dele, é você quem vai ter que ajudar a solucionar? Ok, você pode não ter que arcar com a despesa e com a responsabilidade, mas vai ter que participar do "retrabalho" também.

Trabalhar corretamente, com dedicação, observando detalhes (especialmente em fornecimentos complexos), realmente, dá muito trabalho. Perde-se tempo? Não. Dedica-se tempo, o que é nossa obrigação na arte de servir. Já parou para pensar que o retrabalho dá muito mais trabalho e exige muito mais tempo do que o processo normal, que por si só já costuma ser complexo? Sem contar o desgaste para todas as partes, porque onde houve um erro, gera-se um stress.

Mesmo que não seja você que vai ter que participar da correção depois, pense: Hoje em dia as empresas e os profissionais não têm tempo a perder, quase todo mundo trabalha sobrecarregado e o tempo torna-se cada vez mais precioso. Pense que os profissionais que terão que refazer o trabalho poderiam estar com tempo livre para se dedicar melhor a outros trabalhos, para este ou outros clientes - que podem ser seus, inclusive. Pense nisso de uma maneira sistêmica, quanto mais tempo os profissionais que trabalham com você tiverem para se dedicarem à excelência, mais sua empresa será bem vista, mais serão as portas abertas para o sucesso. Não pense como imediatista!

Pense também na confiabilidade que você vai gerar para seu cliente ou supervisor ao chamar a atenção dele sobre um possível erro...

O principal para quem vende é vender? Prefiro dizer "ajudar a comprar". O especialista é quem vende, nem sempre o cliente domina o produto ou serviço que precisa comprar e precisa de alguém que o oriente.

A principal função de quem vende é "fazer números"? Pode até ser. Mas mesmo que seja, números devem ser obtidos não como objetivo, e sim como consequência de um trabalho bem feito.

Pense nisso!

quinta-feira, 3 de julho de 2014

Ria da vida dele...

Acompanho os livros do Evandro Daolio há mais de dez anos. Ele conta sua história de vida (interessantíssima) de uma maneira divertida e cativante. Sabe aqueles livros que você começa e não consegue parar de ler? Todos os dele são assim. Até quem não tem o hábito ou “não é muito chegado à leitura” acaba se rendendo e lê até o fim. Conheço gente que nunca leu nenhum livro além daqueles que foi obrigado na escola, mas leu os quatro dele e aguarda (como eu) o lançamento do quinto!
E mais do que fazer rir (acredite, você vai rir muito), acima de tudo, ele chama a atenção do leitor para todas as áreas da vida: As amizades, a importância da família, vida profissional, problemas e surpresas desagradáveis que a vida traz, bem como suas reviravoltas... E com ênfase na busca de um grande amor. Certamente o leitor irá se identificar com ele em algum momento de sua vida, e terminará cada livro com a sensação de que aprendeu alguma coisa importante.
E ele tem um grande diferencial em relação a todos os demais escritores que conheço: Logo no primeiro livro, ele já disponibilizou um email para contato, e responde a todas as mensagens que recebe. Hoje, no próprio site é possível ter contato com ele. E é sempre ele que responde. Aliás, boa parte do seu tempo sempre foi dedicado aos leitores, aos quais ele sempre foi acessível. E apesar do grande sucesso que sempre fez (com direito a ser entrevistado pelo Jô Soares), sua postura nunca mudou.
E além de escritor, o Evandro é empresário e também palestrante motivacional.
Achou interessante? Então conheça mais do seu trabalho. Divirta-se e depois me conte o que achou. Há e-books também caso prefira!
As páginas dos livros RIA DA MINHA VIDA no facebook são http://www.facebook.com.br/riadaminhavida.
Para versões espanhol, inglês e italiano http://facebook.com/laughatmylifebooks .
E tem o site com tudo lá: www.riadaminhavida.com.br.

quarta-feira, 2 de julho de 2014

"Nunca mais permitirei que alguém faça isso comigo."

Acho que todo mundo já se pegou pensando assim num momento de revolta...

Sabe para que esse pensamento vai te servir? Para te deixar ainda mais frustrado(a) caso a história se repita. Por quê?

É muito, muito simples. Pensamos assim como se fosse a coisa mais fácil do mundo impedir alguém de nos "passar para trás". Pergunto a vocês: Que controle temos sobre as outras pessoas? O ser humano tem livre arbítrio, pode fazer o que quer, pode mudar quando quer... Aliás, mal temos controle sobre nós mesmos... Imagine sobre os outros!!!

O que podemos é aprender com essas tristezas, de maneira que fiquemos mais seletivos em quem confiar e assim diminuirmos o risco de sermos ofendidos ou "passados para trás"... Veja bem, apenas diminuindo o risco... Mas sempre sabendo que estamos sujeitos a tudo. 

A qualquer momento, por qualquer pessoa, em qualquer círculo que vivemos... Podemos, sim, ter surpresas desagradáveis e totalmente inesperadas. Não sabemos o que pode nos acontecer daqui a 5 minutos!

Lamento informar, mas sim, você ser passado para trás de novo (e talvez até pela mesma pessoa). Aceite essa possibilidade, porque se isso acontecer... Além do desconforto que você irá sentir da situação... Vai ficar com raiva de si mesmo, pensando: "Como fui deixar que isso acontecesse novamente?". Como se você tivesse culpa do erro alheio... Lembre-se que mesmo que você colabore para que alguém cometa um erro, a outra pessoa tinha a escolha de não cometê-lo!

Viver é um eterno risco. Até quem não gosta de arriscar, está em constante risco.