terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Pelos nossos animaizinhos... Nossa "talvez responsabilidade" pela educação deles!

Todos nós sabemos que os sentimentos dos bichinhos são limitados, e que acima de tudo eles agem por instinto.

Existem teorias também que afirmam que os animais têm espíritos como nós, muito mais atrasados, porém que eles também evoluem. Se isso for verdade (Veja bem, "se". Certamente muita gente não acredita nisso e não tenho a menor pretensão de fazer alguém acreditar)... Nós, que os domesticamos, temos uma grande responsabilidade. Por quê?

Muito simples. Um animalzinho bem tratado, que se sente seguro, protegido e amado... À medida que vai se desenvolvendo, devolve ao mundo a referência que recebeu de afeto. Bem como, aqueles que são tratados com violência, descaso... Acabam se tornando animais mais agressivos e amedrontados, e pelo próprio medo acabam atacando até quem não faria mal algum a eles. Isso acontece porque são puros, com sentimentos limitados, e não conseguem ter o discernimento de que há mais ambientes além do mundinho amoroso ou violento onde vivem.

Então vamos supor que a tal da teoria da evolução do animal seja correta. A partir do momento em que um animal é tratado de determinada maneira, é a referência que ele vai ter do mundo, especialmente de nós, humanos. E se realmente ele for evoluindo, uma hora o espírito dele passa a ter liberdade de escolha, bem como, o livre arbítrio. Então será muito mais fácil para ele e para todos os demais seres que vierem a interagir com ele ao longo da vida, se ele for uma referência de amor e carinho que ele irá demonstrar. O livre arbítrio dele será influenciado pelo amor, bem como, o livre arbítrio do animal que foi mal tratado será influenciado pela violência ou desprezo que viveu.

Portanto... Se a Vida nos confia animais aos nossos cuidados, ou se escolhemos tê-los... Podemos ter participação, ainda que ínfima, perante um futuro melhor para o planeta onde vivemos. Já parou para pensar nisso?

E muitas vezes até por uma afeição imensa que temos por nossos eles, cometemos erros. Por exemplo, ficamos "morrendo de pena" quando eles querem comer algum alimento nosso que faz mal a eles e acabamos dando "só um pouquinho". Também por "morrermos de pena" acabamos cedendo em muito mais coisas... O que pode significar para esse suposto espírito que ele sempre pode ter tudo o que ele quer, tornando-se um espírito "mimado".

Acho que a humanidade já evoluiu muito a partir do momento em que começou a mostrar uma preocupação e mais atenção aos animais, hoje em geral eles são muito mais bem tratados e existem várias instituições que lutam pela causa deles... E sou totalmente a favor de dar todo o conforto e amor possível a eles, garantir um abrigo perfeito e alimentação, mas também, querer "humanizá-los" como vejo as pessoas fazendo hoje em dia... Também não é nada saudável para eles. Todos já tivemos e temos que ter limites de superiores, então também temos que saber impor limites a eles. Não impor limites a quem depende de nós pode resultar num ser não só "mimado", mas também vaidoso, desrespeitoso... E que não saiba lidar com frustrações, porque mais cedo ou mais tarde a vida nos traz situações desagradáveis. 

Vejo também proprietários que, alegando "brincar" com seus bichinhos, às vezes os expõem a situações desconfortáveis, às vezes até humilhantes para eles. Por exemplo, querem mostrar às visitas o quanto o bichinho gosta de passear e então pegam a coleira, e o bichinho fica lá, todo feliz achando que vai passear e as visitas achando lindo. E de repente o dono guarda, o bichinho fica com aquela "cara de paisagem", frustrado, e talvez até constrangido por ter sido feito de bobinho... Ou também vemos aqueles proprietários fazendo brincadeiras que o bichinho não gosta, onde ele se irrita, e todo mundo ri porque é engraçado vê-lo ficar irritado. Claro, ninguém que ama seu bichinho vai fazer isso por mal, mas todos sabemos o quanto é desagradável quando agem conosco de uma maneira que não gostamos... Então, por que fazer o bichinho se sentir assim? Continuamos fazendo isso porque, além de muitas vezes ser engraçado mesmo, ele não sabe reclamar, não pode falar o que sente a respeito... E pensando um pouco mais "profundo", podemos teorizar que, para um espírito em evolução, isso pode fazer com que ele aja com desrespeito com os outros no futuro, porque recebeu isso no passado.

Se tal teoria for verdadeira, podemos ter o privilégio de ajudar na evolução de um filho da Vida... Então, que tal começar a pensar melhor no tratamento que damos a eles?

Mas, mesmo que tal teoria não seja verdadeira... Os animaizinhos também sentem fome, frio, dor, medo... Logo, merecem todo o nosso respeito e consideração e vale a pena tratá-los assim!


domingo, 28 de dezembro de 2014

Quando não entendemos os limites que a vida nos impõe...

Às vezes passamos por situações realmente desagradáveis. Ou ainda sofremos ou vemos pessoas que sofrem supostas injustiças.

Muitas vezes não entendemos, não nos conformamos, mas... Será que realmente aquela situação desafiante não pode estar querendo nos mostrar algo importante ?

Lembre-se de você quando era criança. Por exemplo, numa situação onde mamãe não deu sua sobremesa porque você não quis almoçar ou jantar direito. Na ocasião, você pode ter ficado aborrecido(a), interpretado que "mamãe era chata", ou que aquilo era um ato de desamor da parte dela. Hoje você sabe que isso era uma maneira dela te ensinar a ter uma alimentação saudável e se preocupava com sua saúde. Ou seja, era um ato de amor, mesmo com seu desconforto.

Lembre-se também de uma situação como aquela onde você correu na frente dela na rua, ou se perdeu dela num supermercado, que te deu uma bronca daquelas, talvez até um "tapinha" (muitas vezes na frente de todo mundo), onde você se sentiu humilhado(a) e magoado(a) por aquilo. Mas na ocasião, você era uma criança e não sabia que ela estava querendo te proteger de acidentes ou de (Deus nos livre) da maldade de alguém que pudesse querer fazer algo contra uma criança aparentemente sozinha... Hoje você entende isso, mas na ocasião você não tinha como entender isso na mais pura essência, e entendia com limitações quando ela te explicava ao conversar com você...

Quando crianças, não entendíamos muita coisa que hoje entendemos... Então, o desafio que hoje você não entende e que a vida lhe trouxe, pode ser que você entenda daqui a um tempo, quando tiver crescido mais e ser "menos criança"...


domingo, 21 de dezembro de 2014

O "fantasma voluntário" do(a) ex...

Há uns dias atrás conheci uma garota com quem me identifiquei muito.Vamos chamá-la de Lara. Achei interessante a história dela, e principalmente a forma de pensar e agir em algumas coisas, semelhantes a algumas minhas.

Lara conheceu o ex namorado através de amigos em comum, um grupo grande, que certa vez resolveu fazer um churrasco e apareceram algumas pessoas novas que gente da turma levou. Ali se conheceram e o Olavo logo se interessou por ela, que em princípio não queria nada mas uns dias depois ela resolveu dar uma chance. O romance começou, e ela acabou se apaixonando perdidamente. Mas em poucos dias as diferenças começaram a aparecer. E apesar de se gostarem, não conseguiam se dar bem. Lara tentava salvar o relacionamento porque de fato estava apaixonada, mas Olavo resolveu desistir, seis meses depois. Normal, ninguém é obrigado a ficar com quem não quer e alguém tem que tomar a iniciativa, e ter a coragem de pôr um fim numa relação que não está dando certo.

Ela resolveu "sumir do mapa". Nas redes sociais, apesar de não excluí-lo, resolveu cancelar qualquer recebimento de informações dele ou da família para não saber de mais nada (e jura que nunca mais entrou na página de ninguém nem para dar uma espiadinha). Apagou o número do telefone dele no dela só para não ver a foto no whatsapp.

Dois dias depois... Olavo começou a comentar publicações dela nas redes sociais (inclusive de comentários nas páginas de amigos dela que não eram em comum nessas redes), "curtir", enfim. Coisas que ele não costumava fazer nem enquanto namoravam. Lara não respondia de volta, nem comentava nada nas publicações da página dele(lógico, porque ela nem estava vendo). Aí ele resolveu puxar papo mandando mensagens até sem sentido por whatsapp, ou por chats, etc. Bem no estilo "caça assunto". Chegou ao cúmulo de mandar uma mensagem assim: "Oi Lara, lembra daquele filme que você não via a hora de chegar no Brasil? Então,vai ser lançado nos cinemas na semana que vem. Não vá perder, hein?" Detalhe que era um filme que ambos queriam ver juntos. Lara simplesmente não respondeu. Claro que o rapaz queria caçar assunto porque obviamente ela já estava sabendo bem antes da suposta gentileza dele.

Vendo que Lara não respondia, começou a apelar. Postava indiretas para ela, comentava na página dele provocações às publicações dela, e devia estar"crente" que ela lia tudo (Para quem quiser ler, tenho uma postagem exclusivamente sobre isso em http://venhaereflita.blogspot.com/2014/06/redes-sociais-maneira-mais-pratica-de.html ). Lara acabou sabendo de tudo isso através de um casal amigo em comum com ele, e mais: Olavo dizia que Lara "estava era querendo esnobá-lo", "onde já se viu namorar 6 meses e depois nem querer papo", "devia estar tomando essas atitudes para ele se arrepender e voltar correndo para ela", "ficava postando um monte de fotos em baladas para mostrar pra ele que ela estava bem", etc... Lara estranhou esses comentários, até porque ele sempre soube que ela não costumava manter contato com nenhum ex.

E ela ficou muito, muito triste com essa má interpretação do Olavo. Ah, se ele soubesse qual o real motivo que levou Lara a sumir...

Isso tudo já tem mais de um ano, mas até hoje Olavo de vez em quando se faz ser lembrado por Lara, do mesmo jeito: De vez em quando caçando assunto, de vez em quando fazendo comentários...
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Analisando a situação de Lara, não é muito comum encontrar pessoas que optam pela atitude "radical" de cortar qualquer vínculo com um(a) ex.

Há quem seja a favor de manter uma amizade devido ao carinho e consideração que ficou, e por toda a intimidade que o casal teve. Há quem seja totalmente contra, justamente porque acham impossível ter uma convivência "normal" ou uma simples amizade onde já houve tanta intimidade. Quem está errado? Quem está certo? Ninguém. Trata-se apenas de maneiras diferentes de encarar um término de relacionamento.

"Mas quem quer sumir de vez é porque ficou 'mal resolvido' ", alguns dizem. Pode ser. Assim como têm pessoas que acham que mal resolvido fica quando as pessoas terminaram e têm necessidade de continuarem se falando (Viram como há pontos de vista diferentes?).

Mas, enfim. Falando exclusivamente das atitudes do Olavo tentando chamar a atenção. Ele sabia o quanto ela gostava dele quando terminaram e que deveria estar sofrendo. Ele sabia que ela não apreciava manter contato com ex namorados. Perguntei para Lara qual ela achava então que podia ser o motivo que fazia Olavo insistir na "caça de assuntos". Ela respondeu simplesmente não saber... 

Talvez Olavo sentisse falta de toda a dedicação dela, que apareceu na vida dele num momento muito difícil (Ele estava desempregado havia uns meses e estava com a mãe muito doente, e ela deu muito apoio a ele e à família). Talvez ele quisesse apenas mostrar que apesar do término, gostava dela como pessoa e tinha consideração por ela. Ou,talvez... Os motivos mais imaturos,como:

1) De certa forma, ainda queria que Lara continuasse "levantando o ego dele" e tinha que chamar a atenção dela,já que ela nunca mais entrou em contato com ele, nenhuma vez sequer (nem para desejar a ele "feliz aniversário"). E ele deve ter estranhado a falta de atenção dela, já que ela era tão dedicada e atenciosa durante o relacionamento. Talvez ele não esperasse um total sumiço dela, tão contraditório às atitudes que ela tinha antes com ele...

2) "Marcação de território". Não queria mais nada com ela, mas chamar a atenção dela podia fazer com que ela não se interessasse por mais ninguém além dele. O famoso "Não quero comigo, mas também não quero que ela tenha outra pessoa..." Claro, provavelmente de maneira inconsciente.

Perguntei a ela se tudo isso não podia ser uma tentativa de reaproximação da parte dele, quem sabe até para voltarem. E ela respondeu: "Se ele quer isso, então que aja como homem , não como moleque, e venha falar comigo, indo direto ao assunto. Do jeito que ele está fazendo, comigo não vai funcionar..."

Perguntei também se o fato dele ter mandado a mensagem sobre o filme lançado, não teria sido uma indireta para ela chamá-lo para ir com ele. E ela disse: "Então que ele tivesse sido claro a respeito. Já pensou se eu convido e ele diz 'não'? Vou me sentir ainda pior..."

E por que Lara se incomodou tanto, especialmente no começo, com essas "aparições" de Olavo? Simples... Porque ele "mexia" com ela. Ela sofria a cada contato dele. Ter uma palavra dele, porém escrita, sem o som da voz... Ver a imagem dele, mas numa foto, e não pessoalmente... Era muito sofrimento. E por isso ela tinha se afastado. Simplesmente para se preservar! Sem um mínimo de intenção de "fazer jogo" ou ser notada, muito menos, de "doce vingança"... Mas ele não conseguia, ou simplesmente não queria, entender isso... Ela dizia sentir o coração quase rasgar o peito a cada vez que vinha uma mensagem dele no telefone... Ou cada vez que via o nome/foto dele na sua página nas redes sociais quando ele postava algo para ela... Nem todo mundo consegue ser indiferente ou ficar "ileso" a isso!

Talvez esse exemplo de Lara mostre que ficar falando com o(a) ex com quem terminamos faça mais mal do que bem para a pessoa. Alguns de nós podemos achar que não faz mal nenhum falar com ele(a) de vez em quando, saber como está, etc... E que faria até bem para que a pessoa não se sinta desprezada e saiba que temos consideração por ela. Mas para pessoas como Lara... Isso causa um sofrimento e tanto. Fora quando a pessoa com quem terminamos fica nutrindo esperanças em relação a nós, "já que ele(a) continua querendo falar comigo"...

Faça um bem pela pessoa: Já que você quis ficar livre dela... Mantenha-a livre de você também. Pense que em geral quem foi "terminado" acaba sofrendo mais, primeiro porque provavelmente ele(a) não queria isso, e depois porque o fato de ter sido rejeitado(a) também aumenta a dor, coloque-se no lugar dele(a)!!! (Leia mais sobre rejeição em http://venhaereflita.blogspot.com/2014/06/doei-me-tanto-nao-me-conformo-de-ter.html ). A não ser que vocês realmente precisem se falar, caso trabalhem juntos, precisam fazer um acordo de bens, ou tenham filhos. Existem situações onde de fato não tem como evitar o contato, mesmo que temporariamente. No mais, só fale com o(a) ex se ele(a) entrar em contato com você, porque nesse caso, ele(a) merece nossa consideração...

Se você teve a escolha de terminar com a pessoa e ela respeitou isso, então respeite a escolha dela de não querer mais contato com você...

Pois é. Relações são em geral bem complicadas. Quando começam, enquanto duram... E depois que acabam!


segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Quando nos apresentamos vestindo uma armadura para nos proteger...

Acho que todo mundo já sentiu, ao menos uma vez na vida, a necessidade de se proteger com uma "armadura imaginária" por algo que estivesse acontecendo, ou já se acostumou tanto com isso que já não vive sem ela... Ou ainda, prefere se apresentar assim porque não quer ou não consegue se mostrar como realmente é. E tem certeza de que assim não sofrerá tantos golpes, ou que eles doerão menos se acontecerem...

Pode acontecer de boas pessoas, realmente bem intencionadas, aparecerem para encorajar a retirada... Afinal a armadura é pesada, e impede que a pessoa seja vista como ela realmente é. E quando uma boa alma consegue ajudar... Ainda vai continuar por ali, até porque a pessoa pode ter dificuldades de andar sem a pesada vestimenta e pode precisar de um apoio até acostumar-se com o novo equilíbrio, ou ainda, essa “boa alma” escolhe permanecer porque gostou da pessoa tal como ela é!

Mas independente da situação ser temporária ou permanente, há um “perigo” que talvez a pessoa sequer perceba... A armadura pode chamar a atenção de pessoas erradas. E como é algo difícil de tirar, torna-se um verdadeiro desafio para elas... Vira uma questão de honra. Uma pessoa mal intencionada, ou simplesmente uma pessoa ignorante, pode querer arrancar a armadura do outro simplesmente para “vencer o desafio”, e assim, conseguir se sentir melhor consigo mesmo (infelizmente, muitas pessoas precisam levantar o próprio ego através de outras).

Nesses casos, quando a armadura é retirada... Acabou-se o desafio e consequentemente o motivo de continuar por ali. Ou ainda, a pessoa fora da armadura passa a ser vista como ela é realmente, e pode não parecer mais tão interessante quanto parecia antes, enquanto ainda estava coberta...

Quem escolhe viver de armadura (mesmo de maneira inconsciente), ou vesti-la ainda que por um curto período, corre o risco de atrair mais pelo mistério e desafio (que são emoções temporárias) do que pela própria essência, esta sim, eterna...

(Leia também  http://venhaereflita.blogspot.com/2014/07/o-lobo-na-pele-de-cordeiro.html )