quarta-feira, 29 de abril de 2015

'Esteja feliz com você antes de querer ser feliz com alguém" - o outro lado!

"Antes de ser feliz com alguém, você tem que aprender a ser feliz com você mesmo(a)." 

"Complete-se antes de querer que alguém que te complete."

Frases como essas todos conhecem, e são verdadeiras. Quem não é feliz consigo mesmo, não consegue ser feliz com nada nem com ninguém. Enfim, textos e teoria a respeito disso não faltam por aí, tanto que esse texto fala do outro lado de interpretar essa frase...

Há pessoas que, por medo de se relacionarem, ou de tanto ouvirem essas teorias, acabam optando pelo isolamento, de maneira até inconsciente. É preciso ter cuidado ao aplicar essas sábias frases em nossas vidas. Pode-se chegar à conclusão, até sem querer, que estar sozinho(a) é melhor do que estar acompanhado!

Se for analisar a fundo, existem pessoas que possuem traumas, conflitos, problemas com elas mesmas que elas podem vir a carregar uma vida inteira... E aí, vai ficar sozinha para sempre caso isso aconteça? Dessa maneira, muita gente acaba “se fechando”. 

Infelizmente, tem gente que usa essas frases para reforçar um comportamento que consiste em simplesmente se recusar a se relacionar. Distorcem a mensagem positiva que possuem, e usam como desculpa até inconsciente para ficarem sozinhas. 

É errado querer ser sozinho? Claro que não. Há quem até reforce a teoria de que a maioria busca se relacionar com alguém porque no fundo ninguém se suporta, então não aguentariam viver apenas na própria companhia. Mas quem quer ser sozinho por opção não usaria as frases acima, afinal, elas não descartam a busca por uma pessoa para amar, concordam?

E lembre-se: A vida de uma pessoa, para ser gerada, precisa de duas. É um recado da vida que deixa claro que não fomos feito para ficarmos sozinhos!

sábado, 11 de abril de 2015

Você sabe o que é "sentir falta de problemas"?

É estranho para muita gente... Mas acontece. 

Há quem não aguente mais determinada situação, que não vê a hora de se livrar de um problema, de encontrar uma saída, de sentir paz, de ver tudo resolvido. Que pode ter passado meses ou até anos tão mergulhado em problemas que, quando resolve... Sente que algo está faltando. Talvez essa sensação seja até maior do que o alívio da resolução, ou ainda, substitua a alegria que deveria ser sentida!

Por que isso acontece? De onde pode ter vindo?

Se é uma sensação momentânea, e que depois dá lugar à paz e à serenidade, tudo bem, pode ser até natural. Se não... A pessoa não é "louca", e muito menos ela quer ter problemas, ela mesma não entende porque tem essa sensação. Eu vejo duas possibilidades:

-Há quem tenha ficado tanto tempo "submerso" numa situação que de repente "perde o rumo", fica sem saber o que fazer quando o problema acaba. Isso é típico de quem, por exemplo, passa anos cuidando de uma pessoa enferma, não sai do lado dela. E quando o enfermo "parte para o outro lado", essa pessoa se sente perdida. Mas a vida é sábia, sempre irá trazer novas razões para essa pessoa viver se ela deixar e não se sabotar. Neste exemplo citado, essa pessoa pode sentir , inconscientemente até, algo do tipo "como vou buscar alegria e ser feliz se meu pai/minha mãe/meu marido morreu? Não tenho direito...", porque muitos de nós somos criados para lidar com a morte de uma maneira negativa e mórbida, sendo que ela muitas vezes é uma libertação especialmente para quem partiu. Mas, enfim. Este é apenas um exemplo entre tantos, e o importante é se dar conta de que o problema acabou e nossa vida continua, e é preciso encontrar uma nova razão para continuarmos vivendo. Acredito que enquanto estamos vivos, temos algo a fazer pela vida que é sábia e irá nos tirar daqui quando tivermos cumprido nossa missão.

-Mas há também uma outra situação ainda mais complexa, mais difícil de ser percebida, e infelizmente muito mais comum do que se pensa. Há pessoas que quando dão um passo à frente, quando se libertam de algo desagradável, se dão conta de que o problema acabou e 'estranham'. Ficam se perguntando se o problema se resolveu mesmo. Ficam olhando à volta para ver se realmente não há nada para se preocuparem, e quando percebem que o problema realmente acabou... Sentem-se desconfortáveis. E não é pelo hábito do problema ou pela falta de rumo dali pra frente, mas porque elas simplesmente não se sentem merecedoras de paz e alegria em suas vidas. No plano racional, pode até ser que elas se vejam como pessoas de valor, mas no plano inconsciente, no plano dos sentimentos, da vivência dentro delas mesmas, isso não acontece. E sem saberem, o inconsciente delas diz coisas do tipo: "Eu, feliz? Imagine, não sou bom(a) o suficiente para isso". "Não mereço ser feliz." "Não sou digno de paz e alegria porque cometi um erro horrível no passado."

E vivenciando tão negativamente, sem perceberem... Acabam se sabotando. Afastam boas oportunidades, atraem situações desagradáveis. A maioria delas além de não se darem conta disso, carregam culpas e traumas do passado que geram toda uma falta de amor a si mesmas e a sensação de "não merecimento". Elas podem:

-Terem vivido uma situação desagradável enquanto ainda eram um bebê em formação ou na infância da qual nem se lembram. 

-Silenciar para si mesmas e fazerem questão de não pensarem em situações das quais se arrependeram. 

-Terem passado por algo que o inconsciente faz com que determinada situação seja esquecida ou de importância minimizada como estratégia de proteção, e a pessoa tem a falsa sensação de que aquilo não foi importante ou não "marcou".

Seja como for. A vida traz problemas, sim, mas quando traz paz... Vamos aproveitar, vamos concentrar nossas energias nisso, tal como fazemos diante de problemas!

 Se você tem essa sensação de que "falta alguma coisa" quando um problema se resolve ou quando a paz se instala... Procure perceber "de onde vem".  e... Aprenda a desfrutar dessa paz e fase tranquila da qual você sem dúvida é merecedor(a)!!!

quarta-feira, 8 de abril de 2015

"Sentimentos viram doenças" - O perigo da má interpretação

Existem vários estudos que mostram que sentimentos viram doenças que podem até matar. Raiva pode desencadear um câncer. Mania de perfeição pode causar enxaqueca. Medo de perdas pode levar ao excesso de peso. E por aí vai.

Eu até acredito que isto possa ter um fundamento. Mas vejo dois grandes perigos que cercam essa teoria para quem a estuda e nela acredita:

-A pessoa pode passar a reprimir o que sente, o que pode ser tão maléfico quanto se permitir sentir. Reprimir o que se sente só serve para protelar, porque mais cedo ou mais tarde os sentimentos ou seus efeitos virão à tona. É muito mais sábio assumir e trabalhá-los, até porque somos humanos e somos suscetíveis a eles.

-Pode haver uma confusão entre emoção e sentimento. A emoção da raiva, por exemplo, pode se manifestar de uma maneira aguda, num momento onde deixamos cair um objeto que quebra, ou quando somos aborrecidos com uma 'fechada' que levamos no trânsito, etc... Ficamos alterados na hora, xingamos, o peito queima, mas é apenas emoção momentânea, e passa. Agora, o sentimento de raiva é outra coisa. É aquele que permanece em nós, latente, 'devagar e sempre'. Esse, sim, é destrutivo. Ainda falando sobre emoção e sentimento... Vamos pensar na emoção da tristeza. Imagine que você vê um filme triste que te faz até chorar. O filme te 'toca', te deixa realmente emocionado, você chora, fica ofegante. Mas passado o filme, se recupera e pronto. Agora, imagine uma situação na sua vida que te deixou com uma tristeza grande. Não necessariamente como a do filme que te deixa ofegante e choroso, mas faz você pensar o tempo todo nisso, e isso permanece... Esse é o sentimento de tristeza, que pode te levar à destruição de si mesmo.

Uma emoção passageira não deve gerar grandes males, portanto, não precisa ficar com medo de ficar doente porque sente raiva no trânsito... Certo? 

Eu acredito também que o que realmente "mata" uma pessoa não são os sentimentos, e sim, os pensamentos que ela tem. São os pensamentos que alimentam os sentimentos. Creio que as pessoas aproveitariam muito melhor esse ensinamento se o foco do assunto fosse os pensamentos, e não os sentimentos. Até porque os sentimentos por menos nobres que sejam são nossos grandes aliados se soubermos acolhê-los com amor e aceitação, entendendo-os como um indicador de nós mesmos. São eles que indicam onde precisamos melhorar, o que temos que trabalhar dentro de nós. Ninguém deveria se sentir culpado ou ser hostilizado pelo que sente. Mas todos deveriam vigiar os pensamentos...

"Não pode ter raiva, é 'feio' e desagrada a Deus..." "Sentir inveja é um pecado..."  Esqueça esses paradigmas. Assuma o que sente, não tenha vergonha disso... E você não precisa falar para ninguém, para quê se expor a quem não interessa? Assumindo para si mesmo já é o suficiente.

Quando buscamos mudar uma maneira de pensar, quando escolhemos um novo padrão de pensamento... Aos poucos, bem aos poucos, e temos que ter muita paciência com isso porque é um processo demorado... Começamos a vivenciar dentro de nós mesmos, e passamos a ter sentimentos melhores.

Portanto, não acredito que são os sentimentos que geram as doenças, mas sim os pensamentos. Eu compararia os pensamentos com um revólver. Ele não mata, o que mata é a bala (o que comparo com os sentimentos), que só é acionada pelo revólver, ou seja, pelo pensamento.

Para quem acredita em Deus, creio que Ele reconhece o esforço de Seus filhos de se tornarem pessoas melhores. E ele abençoa esse esforço, quem sabe até os poupando das doenças que teriam se não procurassem a reforma íntima buscando-a através da mudança de pensamentos... Por que não?


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