Um dia, lendo(*), vi uma frase...
“Sei que não tenho muito tempo de vida. Mas o que seria o
tempo? Apenas um intervalo entre o nascer e a morte...?”
Eu era criança quando li. E me chamou tanto a atenção que
nunca mais me esqueci disso!
E certa vez, também criança ainda, acompanhando minha mãe numa
fila de banco, uma senhora na nossa frente conversava conosco e disse algo que
eu também me lembro até hoje:
“Não importa se é rico ou pobre. Nascer é igual e morrer é
igual.” E, parando para pensar... O processo do nascimento, o processo da
morte, é igual para todos (excluídos o ambiente onde acontece, as
possibilidades, enfim...).
E, juntando essas duas frases, dá para fazer uma bela
reflexão a respeito...
A única certeza que todos temos é que, se um dia nascemos,
um dia vamos morrer, “fazer a passagem”, “ir desta para melhor”, “desencarnar”,
não importa o termo. Não tivemos nenhum poder sobre nosso nascimento (e se
tivemos,nos esquecemos!), tampouco teremos controle sobre nossa partida (a não
ser quem resolva controlar a própria partida de maneira provocada. Mas o meu
texto fala da maneira “convencional”, contra a nossa vontade e “ao sabor da
vida”, independente da causa da partida).
Há também quem tenha fé que todos os seus problemas terão uma resposta quando morrer. Independente da crença do que vem depois, meu(a) amigo(a), pare para pensar: Se você não pode controlar sua partida, desculpe, pode menos ainda controlar o que vem depois porque tudo aquilo que acreditamos ou que os outros acreditam são apenas hipóteses. Então, por que se acomodar, deixar de agir, consequentemente deixar de viver, com a esperança de que "o que é seu está guardado 'do lado de lá' " e com a desculpa de que "não é esta a verdadeira vida"? Se você está aqui, algum motivo tem, e você tem que "fazer valer"!!! Não sabe o que fazer? Comece fazendo qualquer coisa! Não sabe qual o melhor a fazer? Então faça o melhor que souber!
E, se não tivemos nenhum poder sobre nosso nascimento... E sabendo
que não teremos nenhum poder quando essa força chamada Vida decidir que não nos
será mais possível estar neste mundo... O que podemos tirar disso?
Simplesmente tomar
posse do tempo que nos é dado, esse mesmo, o tal intervalo entre o nascer e a
morte que citei. Enquanto aqui estamos, sim, temos algum poder de fazer
algo. Podemos não ter todo o controle, mas sim, temos algum poder sobre nossa
vida enquanto nos é permitido viver. Temos o poder de escolha, desde que o
momento em que desenvolvemos uma mínima capacidade de discernimento. Podemos
ter poder sobre as nossas ações durante o tempo (e, lógico,sabemos que sofreremos as consequências de tudo), mas sobre a passagem deste...
Ah,sobre isto é impossível. Não dá pra voltar. Não dá pra acelerar. Não dá para
retardar. É possível apenas agir. Agindo ou não agindo, ele passará com a mesma
velocidade.
Aí, eu te pergunto... Como você tem aproveitado esse
intervalo? Como pretende aproveitar o tempo que te resta? O que você gostaria de fazer que não fez ainda? O que ainda te falta conquistar? O que você pode fazer para reparar o que deveria ou não deveria ter feito?
São tantas perguntas que podemos fazer. São tantas respostas que podemos pôr em prática. São tantas possibilidades que a vida nos oferece se estivermos dispostos a simplesmente viver!
São tantas perguntas que podemos fazer. São tantas respostas que podemos pôr em prática. São tantas possibilidades que a vida nos oferece se estivermos dispostos a simplesmente viver!
E, se um dia você perdeu tempo, agora você deve saber o quanto ele é precioso... E deve saber como aproveitá-lo melhor daqui para frente!!!
(*)Quer saber qual “obra filosófica” que li? Era uma história
em quadrinhos da Turma da Mônica...A Dona Morte tentava “levar” um senhorzinho
milionário cujas palavras a emocionou! Qualquer leitura, por mais simples e
desinteressada que pareça, pode nos surpreender. Então leia sempre que puder, mesmo que sejam simples gibis infantis :-D
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