terça-feira, 8 de setembro de 2015

Um suicida me ensinou...

Recentemente um conhecido meu cometeu suicídio. Não pretendo, nem tenho o direito, de julgar a atitude dele. O meu intuito é simplesmente passar o que aprendi com ele a vocês.

O único objetivo dessa mensagem é refletir sobre o tema. Em respeito à memória dele, não gostaria de ler comentários que o julgassem. Se o julgamento é inevitável, guardem para si, por favor.

Ele era uma pessoa de boa família... Muito bem estruturada financeiramente. Ele foi muito bem criado, teve oportunidades, e vivia muito bem.

Ele tinha uma personalidade forte, de opinião muito bem formada, sobre a vida em geral. Desde cedo deixou claro que jamais teria filhos e achava que ninguém deveria tê-los por toda a dificuldade que a vida oferece. Era filósofo a respeito, e participou de várias discussões filosóficas, escreveu muito sobre o tema. Defendia também o suicídio, até porque era totalmente ateu e nunca acreditou na vida após a morte.

Gostava de viajar, de experimentar coisas boas, era fã de carros, as viagens preferidas dele sempre envolviam as melhores estradas no mundo com carros potentes. Aqui no Brasil ele também era fã de velocidade, e apesar de ser ateu, descrente, fazia questão de preservar as outras vidas. Tanto que jamais corria nas estradas brasileiras durante o dia... Deixava para fazer isso na madrugada, ele se preocupava em não causar acidentes porque poderia prejudicar outras famílias.

E, certo dia... Enviou cartas a todos os amigos, aos pais... Comunicando a decisão do suicídio. Deixando claro que não tinha mágoas de ninguém, que não era uma pessoa triste, e que apenas estava pronto para partir, dizia que a decisão já havia sido tomada fazia muito tempo, que estava apenas aguardando a finalização dos projetos de vida... E como eles já estavam realizados, havia chegado a hora de interromper a sua própria vida. Para preservá-lo, não irei divulgar o nome dele aqui...

Quando as cartas começaram a chegar para as pessoas... Ele já havia cometido o suicídio.

Ele não parecia ser uma pessoa triste e com conflitos. Demonstrava muita frieza e racionalidade.

E, com isso, o que aprendi? Que há pessoas que por mais que tenham tudo para serem felizes na vida, não encontram motivação para nada. Que ter tudo aquilo que se deseja materialmente não significa plenitude. 

Portanto, você, que pode ainda se sentir incompleto por ainda não ter conquistado tudo aquilo que deseja, acredite: Nem isso garante sua satisfação. Existem coisas que não têm preço, e a sua vida é uma delas...

Isso mostra o quanto ter objetivos serve de motivação. Há também quem não tenha objetivo nenhum e encontre razão para viver. Seja como for... Reflita se realmente você deve se considerar infeliz ou incompleto por ainda não ter realizado ou conquistado tudo aquilo que tem em mente.

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