quinta-feira, 2 de novembro de 2017

"Queria ter tempo/dinheiro para fazer caridade..."

Quase todo mundo que conheço tem uma vida ”louca”, sem tempo para nada. Mal consegue tempo para dar conta da própria vida. E ouvi várias pessoas dizendo o quanto queriam ter tempo para fazer, por exemplo, um trabalho voluntário. Com animais, crianças, idosos, enfermos etc... Ou mais dinheiro fazer para doações.

Isso aquece o coração? Sem dúvida!

Faz com que você se sinta útil? Faz.

Ajuda na construção de um mundo melhor? Ajuda!

Mas se a gente for parar para pensar, o trabalho voluntário e as doações, se não fossem pelo tempo e recursos que requerem, seriam o tipo de caridade mais fácil de fazer, seria “a maneira concreta” de praticá-la. Lembro que eu conheci ao longo da minha vida vários trabalhadores voluntários, e doadores de grandes somas, inchados de orgulho e vaidade, e se achavam tão “especiais” por isso que se esqueciam de se tornarem pessoas melhores para elas mesmas e para aquelas com quem conviviam diariamente.

Qual é a verdadeira caridade? É aquela mais sutil, que você pratica no seu dia a dia, com as pessoas da sua família, do seu local de trabalho, as que você encontra por acaso em qualquer lugar... Com aquelas pessoas que você realmente convive, inclusive com as mais difíceis. É verdadeira porque você está fazendo de coração, sem intenção, fora do ambiente de trabalho voluntário por exemplo.

Se você não tem tempo e dinheiro para a “caridade visível”, pratique a caridade doando seu tempo ouvindo um amigo que está vivendo um momento difícil. Oferecendo-se para fazer um favor por mais simples que seja. Sendo gentil com o balconista da loja, com o caixa da padaria, com a copeira, com os atendentes. Ligando para seus avós ou tios(as) que se ficam muito tempo sozinhos. Ajudando sua mãe/esposa a fazer os serviços de casa para elas se cansarem menos e terem mais tempo para elas. Não dando força para fofocas e maledicências (e quando não as espalha).  Não alimentando uma discussão.  Não tentando “ganhar uma briga”(ou ajudando a apaziguar uma que pode nem ter a ver com você), só para não piorar o que já está ruim para o ambiente. Ajudando um deficiente visual a atravessar a rua, ou um(a) idoso(a) carregar suas sacolas pesadas. Compreendendo e perdoando aquela pessoa que se descontrolou com você. Fazendo uma prece para alguém que te magoou. Não se vingando daquele que te prejudicou ou fez mal para quem você quer bem. Visitando uma pessoa enferma. E infinitos exemplos mais...

“Ah, mas têm coisas aí que estão fora da realidade humana.”. Concordo, mas se praticarmos uma ou outra ao menos já é de grande valia. É por isso que dá para perceber que a verdadeira caridade é a mais difícil de praticar.

E você também não pode se esquecer de praticar a caridade com você mesmo(a). Se perdoando quando comete um erro. Indo almoçar ao invés de pedir um lanche pra comer na mesa do trabalho. Não trabalhando doze horas ou mais todos os dias. Cuidando da própria saúde. Tirando um tempo para seu descanso e lazer. Pensando no que você pode fazer para ter uma vida melhor. Indo atrás dos seus sonhos... Lembre-se, se você não proporcionar benefícios a você, não vai conseguir fazer o bem a ninguém!
(http://venhaereflita.blogspot.com.br/2014/06/para-quem-prioriza-os-demais-e-esquece.html)


E então? Consegue perceber que a verdadeira caridade não requer tempo nem dinheiro e que, se você quiser e souber observar, vai conseguir praticá-la o tempo todo? :-)


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