Lógico que é muito comum existirem pessoas que
passaram por uma experiência ruim com outras, que marcou de tal forma que as
influenciam desde então. É totalmente compreensível! Sabemos também que existem
traumas verdadeiramente monstruosos, que pode ser que nunca sejam superados, e
nesses casos as pessoas conseguem no máximo conviver com a má lembrança, ou
apenas “sobreviver”. Seria preciso em alguns casos muita força e verdadeira capacidade e
vontade de superação para que seja possível ter “uma vida pós-trauma”.
Mas... Em se tratando de traumas mais
“normais”, vamos dizer assim... Meça bem suas palavras quando dizer ou pensar desta
maneira.
Sem dúvida que ter consciência disso é
necessário, e é o primeiro passo para conseguir superar o trauma, seja ele qual
tenha sido.
Mas quem vive dizendo assim há muito tempo... Talvez
não tenha se dado conta de que essa consciência já cumpriu sua missão de
reconhecimento... E a pessoa “parou” nela. O primeiro passo foi dado, e agora é
preciso dar o segundo: Modificar o comportamento ou sentimento que o trauma
gerou... E gera até hoje!
Quem vive dizendo isso, pode ser por vários
motivos, dentre os quais:
1)A pessoa sequer se deu conta de que após a “tomada
de consciência” é possível superar o trauma. Simplesmente parou no tempo,
habituou-se com isso. Talvez porque não tenha despertado ainda para a possibilidade de
superação.
2)A pessoa não tem coragem de enfrentar. Porque
certamente o trauma potencializou algumas fraquezas, abalou a auto estima, a
deixou com medo... E o medo faz com que ela nem queira pensar ou tocar no
assunto da maneira saudável, ou seja, aquela que permite o aproveitamento da
situação para evoluir. De fato, não é fácil. Mas é preciso começar de alguma
forma. Que tal simplesmente pensando na possibilidade de criar coragem? Não
precisa começar agora... Mas permita-se ao menos pensar nessa possibilidade! Daqui a uns dias, talvez semanas, você
comece a criar coragem. E quando estiver com mais coragem... Comece a “mexer
nas gavetas”. Não precisa ser de uma vez!
3) (Essa é a pior e mais destrutiva...) A
pessoa se colocou na posição de vítima e cultiva a autopiedade. Sendo assim,
ela se coloca de uma maneira em que ela não precisa mudar, porque acha que foi tão
vítima que no fundo ela acha que merece ser “mimada” por todo mundo por causa
disso. Procura chamar a atenção exatamente assim, e muitas vezes consegue.
Porém algumas vezes se frustra, porque nem todo mundo tem disposição de ficar “passando
a mão na cabeça dela”, alimentando essa postura... Ainda bem. Não teria que ter
mesmo. Falarmos para alguém sobre o que passamos que tanto nos machucou é uma
coisa (afinal, sempre podemos ouvir uma nova palavra, um novo auxílio ou
inspiração). Agora, ficar “alugando” o ouvido de quem está “dando a mão” para
que ela supra a carência e necessidade de cultivo da posição de vítima, é
outra. E, pior: Há pessoas que podem não admitirem nem para elas próprias,
mas... Algumas no fundo GOSTAM da posição de vítimas e autopiedosas! Acabam
mimadas, achando que o mundo tem que girar ao redor delas, que quem convive com
ela teria que ter obrigação de entendê-la, ou não exigir nada delas, “só porque
foram tão feridas no passado”... Ou ainda fazem o trauma parecer aos olhos de
todos bem pior do que realmente é, tornando-o monstruoso sendo que pode não ter
sido para tanto! Muitas têm uma postura extremamente imatura a respeito. E não
param para pensar que seriam mais amadas ainda se mostrassem a todos que se
esforçou para superar.
Dá para saber quando a pessoa fala sobre seu
trauma “se aproveitando para ser mimada” ou quando fala com um esforço de
superação, não dá? E cuidado quando conhecer um “pobrezinho”
desses no seu caminho. Tenha compaixão, mas não alimente sua posição de vítima quando você perceber que o objetivo é esse.
Para quem tem algum tipo de trauma e age de uma
maneira negativa e costuma dizer ou pensar “Sou assim porque me traumatizei”, lembre-se: Sua palavra tem força. Se você diz essa frase... Assim se acredita, e assim
se reafirma.
E guarde para sempre essa frase: O que fizeram com você, foi escolha
deles. O que você vai fazer daí pra frente com o efeito que isso te causou... É escolha sua. E toda escolha tem
consequência. Toda ação tem uma reação. Jamais se esqueça disso!
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