domingo, 27 de julho de 2014

"As pessoas não devem gostar de você pelo que você faz por elas, mas pelo que você é."

Eu ouvi essa frase mais de uma vez. E demorei um pouco para "digeri-la", porque apesar de concordar e achar lógica, sempre achei que não seríamos notados ou amados se não tivéssemos a iniciativa de fazer coisas que agradassem as pessoas queridas com freqüência.

Mas comecei a entender que, de fato, é a nossa essência que importa, e é por ela que temos que ser amados.

Até que um dia, aprendi essa lição de vez... Há muito tempo eu não tinha um convívio com crianças. E por um tempo eu pude conviver com uma, que por sinal, é um serzinho simplesmente iluminado...

Ao conhecer essa criança, não "fiquei em cima" para ganhar a confiança dela a qualquer custo. Sempre fui da opinião que temos que deixar as crianças à vontade, sermos receptivos com elas, mas não ficar "forçando a barra".

Mas, enfim. Conheci essa criança. Conversava naturalmente, comecei a participar das brincadeiras, mostrei alguns desenhos e personagens que gostava quando tinha idade dele (mentira, gosto até hoje e assistíamos juntos rsrsrs), e com o tempo ele mesmo começou a tomar a iniciativa de vir falar comigo e me chamar para brincar.

De repente, do nada, essa criança, sem motivo ou porquê... Começou a me abraçar. Simples assim. Eu estava no sofá, de repente vinha e me abraçava, frequentemente. Sem contar as coisas que ele me dizia que realmente mostravam que ele me queria bem. Quer uma prova de afeto mais sincera do que essa, vinda de uma criança?

E comecei a me perguntar: "Não fiz nada de especial... Por que ele tem sido assim comigo?" Resposta: Não fiz nada. Ele simpatizou com minha essência. Pura e simplesmente. 

Esse pequeno professorzinho me fez enxergar que não precisamos fazer grande esforço. O afeto deve acontecer espontânea e naturalmente. Simples assim... 

Lição da qual nunca mais me esquecerei...

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