Quando passamos muito tempo sem ver uma
pessoa, o que acontece quando a reencontramos ou pensamos nela?
Vamos imagina-la como é hoje, ou como era
quando paramos de conviver com ela? Claro que é a segunda opção, afinal, era a
última referência que tínhamos dela.
Se for alguém que de certa forma marcou nossa
vida, seja no bem ou no mal, é isso que ficará marcado. Essa “marca” é a que
levaremos da pessoa em nossa vida... E é aí que a “congelamos”.
Diferente de quando congelamos um alimento no
freezer – porque lá o metabolismo do alimento é suspenso – com uma pessoa isso
não acontece... Ela continua a vida dela, e vai tendo vivências, perdas e
aprendizados (ou não, se ela escolher estagnar).
Aí, quando pensamos, ou reencontramos alguém
que nos fez mal, imediatamente nossa lembrança triste, a imagem que marcou, vem
em nossa mente... E temos a nítida impressão, inconsciente, de que a pessoa continua daquele jeito, com aquele
defeito ou característica que nos magoou. E nem pensamos em dar a chance, a nós
ou a ela, de renovara impressão.
Mas pare para pensar: Tempos depois, será que
a pessoa realmente ainda é aquela? Será que tudo aquilo que ela viveu durante o
tempo em que estivemos ausentes de sua vida,não pode tê-la modificado um pouco,
feito-a evoluir, se arrepender de atitudes erradas, criar novos e mais nobres
valores? Em geral o ser humano é teimoso e custa a aprender, mas pode acontecer
de ao menos melhorar.
E você? Será que quando a reencontra ou
relembra, se dá conta que você também mudou e aprendeu, e de repente, pode ver
que também teve sua participação para que essa pessoa te magoasse?
E quando você reencontra alguém de quem você
tinha uma imagem positiva? Não acontece de às vezes você se decepcionar porque
a pessoa parece ter mudado tanto, para pior? Isso também acontece. A pessoa “regrediu”?
Não! Mas ela deve ter tido experiências ou feito escolhas que fizeram aflorar
nela um lado sombrio que estava apenas escondido e sem se manifestar... Mas aí
estava!
Amigos... Não é coerente reencontrar uma
pessoa 20 anos depois e ter a imagem dela “congelada no tempo”. Não devemos
julgá-la nem enquanto convivemos com ela, imagine quando acontece um reencontro
tempos depois!
Se as pessoas tivessem um pouco mais de
consciência disso... Ninguém ficaria preso naquela lembrança de um “amor do
passado”, por exemplo. Conheço gente que foi casada por anos, ou é casada há
anos, mas ainda pensa no “primeiro amor”, ou naquele (a) que considera ter sido
“o grande amor de sua vida”... Neste caso, a mente prefere guardar e manter uma
boa lembrança e isso é saudável, desde que não faça a pessoa sair da realidade
em que ela vive! Quanta gente acaba se frustrando e se arrependendo por trocar
um relacionamento real para viver uma grande paixão com um amor do passado... Imaginar
uma convivência é totalmente diferente de vivê-la, e muitos não se dão conta
disso! Como seria um reencontro com esse “amor do passado”? Será que realmente
seria bem sucedido?
Eu mesma conheci uma pessoa que reencontrou
um amor da adolescência, da qual nunca havia se esquecido. Reencontrou, começaram
a namorar... E pouco tempo depois terminaram. Ambos eram totalmente diferentes
do que eram quando deixaram de se ver anos antes.
Lógico que acredito em reencontros felizes, e
ao voltar a conviver com essas pessoas, podemos ter boas surpresas com elas. Mas
daqui para frente, quando reencontrar ou relembrar de alguém do seu passado, deixe
que o tempo te mostre quem ela é hoje... Deixe que a vida “descongele” essa
pessoa para você, e quando isso acontecer, veja quem ela é hoje. Independente dela ser a mesma ou não do passado...
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