domingo, 22 de junho de 2014

Nem todos seremos mártires...

Já repararam que há pessoas que tentam agir como mártires sem que realmente o sejam?

É muito válido sim querer se superar, seguir alguns exemplos... Mas com moderação.

Sem dúvida que os mártires e heróis da humanidade são para ser admirados e servirem como inspiração. Mas não é porque alguns deles, por exemplo, dedicaram a vida inteira somente ao próximo (e isso é muito bonito de fato), que temos que fazer o mesmo.

Não é porque um líder espiritual nos mostra vários exemplos de elevação de alma, abnegação, perdão, amor incondicional, que temos que negar nossos sentimentos menos elevados como raiva, inveja, desprezo e tantos outros, típicos da humanidade.

Não é porque alguns líderes políticos fizeram a diferença (e muitos morreram por isso), que temos que nos engajar em alguma causa.

Cada um nasce com missões definidas. Não adianta nós, "pobres mortais comuns", tentarmos seguir o exemplo deles, porque sequer conseguiríamos, não teríamos nem o conhecimento nem a evolução deles para ter sucesso nessas missões. E a humanidade precisa tanto dos líderes como das pessoas comuns.

A grandeza desses missionários deve simplesmente ser inspiradora e nos ensinar. Ninguém tem que se sentir culpado ou menos digno de felicidade porque não age ou pensa como tal.

Do mesmo jeito que eles nascem para dar exemplo para as massas, nós nascemos para outras funções, como ter nossa profissão para servir à sociedade, educar nossas crianças que vêm ao mundo, ajudar nossos familiares e amigos quando precisam...

Muitos que tentam agir ou falar como mártires acabam saindo da própria realidade na ânsia de evitar cometer erros e não conseguem ser nem o que são, nem o que querem ser. E a fuga da realidade impede de crescer, porque só é possível evoluir de fato (e quem sabe um dia ter uma verdadeira estrutura para ser um líder) praticando o auto conhecimento, o que envolve sim querer se superar... Onde é essencial reconhecer nosso lado sombrio e saber conviver com ele.

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