quinta-feira, 12 de junho de 2014

Aprendi com o piano...

Lá fui eu continuar a leitura da partitura de uma música muuuito além do nível em que eu estava quando parei de estudar piano, há uns anos atrás...

Peça difícil, que costuma ser estudada inclusive por quem está se formando bacharel em piano (e eu parei na metade do curso básico). Mas é tão linda que não resisti a pelo menos tentar.

Uma infinidade de notas na partitura, com grandes intervalos entre uma e outra, leitura difícil, arpejos looongos, e eu, além de estar "ousando" demais, tenho uma mão pequena... Tive que eliminar inclusive algumas notas de alguns acordes por pura limitação física...

E lá vamos nós. Mal sabendo por onde começar, mas comecei. Um compasso por vez. Primeiro mão direita (repetindo um monte de vezes), depois mão esquerda (idem), enfim, juntando ambas, beeeem devagar (e prestando atenção extrema, corrigindo erros etc...). Depois de "mais ou menos lida", peço auxílio do "trecônomo" (ops... metrônomo). 5 vezes em cada velocidade em média, às vezes mais, às vezes menos... Até chegar ao outro compasso. O barulho do metrônomo é irritante, mas a certeza de que vai me ajudar a ter resultados compensa.

E, de repente, desligo o metrônomo, e tento sozinha. Começo a reconhecer a melodia... Fico feliz, mas ainda há muito trabalho a ser feito (porque apenas "reconheço a melodia" por enquanto, está longe de ser a música linda que conheço). Outros compassos para ler, até o fim da partitura, treinar muito e "lapidar" os compassos já lidos para virar música.

Bate o cansaço e a dor nas costas e começa a "travar". Hora de parar, senão não vai render mais. Depois continuo. Ainda hoje, amanhã, ou quando der. Sem pressa, não preciso me cobrar tanto. E assim será todo o processo, até chegar ao fim da partitura. E quando chegar, haja treino para ficar boa de se ouvir!

Observando tudo isso, pensei: Desafio, paciência, persistência, "barulho irritante porém necessário", descanso às vezes, e nada de "super auto cobrança", para chegar onde quero... E me dei conta: Exatamente como deve ser na vida.


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